— Que porra é essa? — Rosno irritado para o homem à minha frente.
Quando cheguei em meu escritório, puto pra caralho, o homem que se passava por Ícaro começou a se desmontar.
Literalmente.
Ele foi tirando a peruca, lentes, até a porra de uma mascara ele tirou.
— Só fiz o que me mandaram, senhor. — Responde rapidamente.
No mesmo instante meus olhos voam para João.
— Elas estão no bar. — Me garante.
Solto a respiração que nem percebi prender, e balançando a cabeça me sento.
— Quem contratou seus serviços, camarada?
— Não posso dar esse tipo de informação, senhor. Sinto muito. — Sorrio friamente para a sua resposta.
— Você sente? — Inclino meu corpo para frente apoiando meus cotovelos na mesa e descansando meu queixo em meus punhos. — Acho que você vai realmente sentir muito, quando eu enfiar minha mão na sua garganta e conseguir as respostas que eu quero.
Ergo uma sobrancelha fazendo-o arregalar os olhos e engolir em seco.
— E-e-e-u — começa a gaguejar. — S-e-enhor, veja be-e-m..
— Veja bem você. — não dou chances de enrolação. — Quem contratou os seus serviços essa noite?
Vejo o homem ficar vermelho na minha frente, seu peito subir e descer, nervoso com a situação.
— Foda-se! — Solta de repente. — É a segunda vez que esse homem busca meus serviços. Na primeira vez ele apenas pediu para eu fabricar uma máscara com traços femininos, e dessa vez ele me trouxe uma foto de um homem e por um valor a mais, pediu para eu usá-la esta noite aqui nessa boate.
Passeio meus dedos pelos meus lábios analisando palavra por palavra que esse cara diz.
— Você trabalha com o que exatamente? — Questiono para conseguir ter mais clareza.
— Sou um artista, senhor. — diz categórico. — Mas aqui no Brasil, viver de arte não é nada fácil. Então, resolvi aprimorar minhas habilidades e me especializar nessas máscaras realista. No mercado normal não dá tanto dinheiro, mas no submundo...
Respiro fundo entendendo perfeitamente o que ele quis dizer.
— Quero o nome desse homem, as datas que ele te procurou e principalmente a data que você entregou a máscara feminina. — Ordeno alongando meu pescoço.
— Sim, senhor! — Ele começa a mexer em seu celular. — Aqui.
Um arrepio me domina quando vejo que a data da entrega foi dois dias antes do acidente.
Porra!
Olho o nome do sujeito que encomendou, mas por nome, não o reconheço. Ligo meu computador e digito Marcio Gusman no programa que o Nathan fez a gentileza de instalar em meu computador, alegando que seria necessário eu ter um programa desse em mãos.
— Puta que pariu! — Assim que o programa me dá um rosto, eu monto todo o quebra cabeça. — Manda Marcela trazer Ângela aqui para cima, agora!
João logo se afasta indo fazer o que eu mandei.
— Estou liberado, senhor?
— Não. — Respondo sem olhá-lo enquanto monto um e-mail com todo o material que consegui e encaminho para toda a equipe de segurança.
Um aperto em meu peito me faz ter dificuldade em levar o ar para os meus pulmões, e como uma avalanche, lembro que senti exatamente isso na vez que Ângela sofreu o acidente.
— Caralho! — Levanto da cadeira indo em direção a saída. — Não saia daí.
Mando um dos seguranças do andar não deixar o homem que está na minha sala sair, e entro no elevador apertando o primeiro andar. De cara já percebo uma movimentação estranha no bar principal. Não me surpreende ter alguma briga, isso é normal no meio de tanta gente bêbada, o que realmente me deixa em alerta é reparar na quantidade de seguranças concentrada ali.
Chego passeando meu olhar em volta, na esperança de enxergar Ângela. Meu peito se aperta ainda mais quando não a encontro.
— O que esse povo bebeu, porra! — Ouço Beto berrar, o rosto todo vermelho enquanto segura um homem.
Encontro Marcela lutando com um cara três vezes maior que ela, e apesar do rosto do cara já estar completamente banhado de sangue, ele segue de pé, enraivecido.
Chego por trás em um mata leão, ele se debate, mas logo apaga e o solto no chão percebendo outros três caras desacordados.
Mas que caralho está acontecendo aqui dentro hoje?
— Cadê a Ângela? — Marcela franze o cenho. Ofegante, ela vira seu rosto em uma direção específica e logo depois sua cabeça começa a virar para todos os lados.
— Puta que pariu! — Ela fecha os olhos jogando a cabeça para trás. — Rafael..
Viro saltando o balcão e correndo de volta para o elevador pouco me fodendo para a confusão que deixo pra trás. Aperto o número oito e espero a caixa de metal me levar até o andar que tem a sala de monitoramento.
— Boa noite. — entro como um furacão. — Fechem todas as saídas, avisa que eu disse que ninguém mais entra ou sai desse prédio até segundas ordens.
O pessoal me olha assustado, mas fazem o que mando sem contestar.
— Quero as imagens da última hora do bar principal do primeiro andar. — Ordeno enquanto abro o aplicativo de rastreamento em meu celular.
Não demora muito para um pontinho vermelho começar a piscar na tela do meu aparelho. Mas para a minha total surpresa, sua localização dá nos fundos da Seduction.
Franzo o cenho.
Que porra é essa?
— Me mostra imagens do lado de fora, por favor. — Assim que meu cérebro entende o que está acontecendo, meu sangue gela e minha respiração falha.
A confusão que presenciei minutos atrás dentro dessa boate, não chega nem perto do caos que está do lado de fora.
Enquanto corro em direção ao caos só consigo pensar em uma pessoa:
Simon...
oooi, meus amores!!!
O que o nosso fofoqueiro gostoso viu nessas imagens? E por que ele pensou logo no Simon?
Um suuuper beijo e até amanhã!
Se gostou deixe seu voto, por favorzinho.
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FOI AQUELA ATRAÇÃO - SÉRIE CUERVO - LIVRO 2
RomanceHISTÓRIA COMPLETA + 18 Rafael é fofoqueiro. Ângela é curiosa. Rafael tem a boca suja. Ângela consegue ser pior. Rafael é sem vergonha. Ângela é precipitada. Ângela queria algo. Rafael deu exatamente o que ela queria. Ângela não quer relacio...