Capítulo 34

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— Tá bom, fica tranquilo! — Ouço minha cunhada dizendo para o marido.

Que piada.

— Tiro na cabeça e no peito te faz sentar, ok? — Ângela franze o cenho inclinando a cabeça para o lado como um filhote. Toda confusa. — Tome cuidado para não ser atingida no peito e nem na cabeça, se não você morre.

— Mas isso é óbvio né, Rafael? — Revira os olhos com um olhar debochado.

É uma demônia mesmo.

— Se preocupe em eliminar o piloto e o atirador deles, o resto nós garantimos.

— Claro, claro. — Ela engole em seco.

É fofo esse seu nervosismo, tenho que admitir.

Quero que tenham sucesso na missão, mas além disso, que se divirtam. — A voz do Átila se faz presente através de um drone sobrevoando sobre nossas cabeças.

Vejo nossa bebê abrir um sorriso gigante enquanto meu anjo balança a cabeça para cima e para baixo se sacudindo toda.

— A gente consegue. — Garante, segurando o marcador sem intimidade nenhuma. — A gente cons..

— PORRA! — João grita, assim que sua coxa é atingida.

Olhamos para a razão do meu amigo estar atingido sem nem ter se iniciado o jogo ainda.

— Me desculpa, João. — Pede, demonstrando arrependimento — Foi sem querer, meu dedo escorregou.

Ouço gargalhadas vindo da porra do drone.

— Maravilha! — O gatão diz com divertimento na voz. — Nosso time ta uma maravilha.

— A gente não vai conseguir. — Ângela corre até o João direcionando suas mãos para o local manchado de azul. Mas para o meu alívio, meu amigo impede sua ação.

— Está tudo bem, Ângela — sua voz soa suave demais, ele claramente está amenizando os fatos, porque aquela porra dói pra caralho. — Só relaxe, vamos conseguir, você vai ver.

PEEEEEEEEEM.

O sinal indicando o início do jogo soa e corremos para o interior da caminhonete. Alice e Ângela vão na frente, eu e João vamos atrás com o nosso protegido, vulgo Guilherme.

— Diferente de nós, — João começa — eles irão usar duas rodas além da caminhonete, e com certeza o atirador deles vai estar na garupa.

— Você vai precisar derrubar quem quer que esteja na moto, carinho.

— O que? — Alice desvia o olhar por alguns segundos da estrada, para olhar o meu irmão, e só isso é o suficiente para quase batermos um uma cerca.

Eu amo minha cunhada, mas ela é um perigo no volante!

— Olhos na estrada, carinho! — O jeito tranquilo que meu irmão fala com ela após quase batermos o carro me deixa de boca aberta.

— Vire a esquerda. — Nós três falamos ao mesmo tempo e sem questionar, nossa bebê faz a curva, fechada demais para o meu gosto.

— Daqui 2 quilômetros vamos abandonar o carro e continuar a pé, bebê loira. — João anuncia.

— Amiga, se prepara — nossa bebê alerta, para o nosso orgulho. Alice provavelmente já escutou a aproximação dela. — A moto vai aparecer à sua direita daqui alguns segundos.

Reviro os olhos quando olho para o gatão e vejo sua cara de safado para a sua mulher.

— Se concentra, caralho. — Dou um tapa na sua cabeça.

FOI AQUELA ATRAÇÃO - SÉRIE CUERVO - LIVRO 2Onde histórias criam vida. Descubra agora