Capítulo 44

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Ouço tudo.

Meu corpo está paralisado, mas consigo perceber tudo à minha volta.

Eles mal conseguiram arrancar com o carro e os tiros começaram. Não sei como Átila conseguiu perceber que eu estava sendo sequestrada. Só sei que se eu sair viva dessa, serei eternamente grata.

— Larguem a garota. — O chefe de segurança dos Cuervo ordena firme.

— Para vocês nos matar? — O homem que está me segurando em frente ao seu corpo debocha. — Acha que eu sou trouxa, parceiro?

— Quer uma resposta sincera? — Como o Átila consegue estar tão calmo em uma situação como essa? Ah claro, deve ser porque é na minha têmpora que tem um cano de uma arma.

— Vai tomar no cú. — O homem xinga, ofendido.

— Não vão mesmo largar a garota para termos uma conversa civilizada? — Átila faz um sinal com seus dedos que poderia facilmente passar despercebido, se eu não tivesse passado tanto tempo com ele nessas últimas semanas de treinamento.

— Manda seus homens deixar a gente ir ou eu estouro os miolos dela. — A equipe que me tem nas mãos é amadora. Dá para perceber o quanto a mão dele treme, como ele transpira e está ofegante. Diria até que assustado.

Átila faz novamente o sinal, e eu pisco várias vezes para mostrar que entendi.

Como se eu fosse atrapalhar. Bufo internamente.

Estou completamente paralisada, não consigo mexer um dedo sequer.

— Para com esse caralho, Átila. — Meu coração falta pular para fora do meu peito quando ouço a voz do Rafael. — É a minha mulher ali, porra!

— Sabe que gosto de respostas, Rafael. — Átila diz, calmamente.

— Para o inferno suas respostas. — Esbraveja meu namorado.

As cenas seguintes se desenrolam em câmera lenta. Um impacto, respingos, o aperto em torno do meu corpo se afrouxando, e minha cara indo beijar o chão.

Meeeeeerda!

Assim que Simon mete uma bala na cabeça do imbecil que está usando Ângela como escudo, e os outros cuidam do seus comparsas, corro em disparada para ampará-la

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Assim que Simon mete uma bala na cabeça do imbecil que está usando Ângela como escudo, e os outros cuidam do seus comparsas, corro em disparada para ampará-la.

— Esses filhos da puta doparam a minha mulher, porra! - Grito, quando percebo suas pupilas dilatadas, seu olhar de desespero e sua falta de reação. - Vai ficar tudo bem, anjo.

Garanto, pegando-a em meus braços e entrando no carro que encosta a nossa frente.

— Para o hospital, Marcela. — Ela sai cantando pneu. Ligo para Beto pedindo que auxilie a nossa equipe de segurança para descobrir o que aconteceu essa noite, e digo que assim que possível me junto a eles. — Mais uma vez foi por pouco.

FOI AQUELA ATRAÇÃO - SÉRIE CUERVO - LIVRO 2Onde histórias criam vida. Descubra agora