Capítulo 56 | Eu quero tudo ou nada!

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Vá devagar, sua criança louca.
Você é tão ambiciosa para uma jovem.
Mas se você é tão esperta, me diga por que ainda tem tanto medo?

— Vienna, Billy Joel.

       A bebida desce queimando a minha garganta, não me lembro de quantas tomei desde que cheguei aqui, mas sei que já passou da quinta

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       A bebida desce queimando a minha garganta, não me lembro de quantas tomei desde que cheguei aqui, mas sei que já passou da quinta. Thomas está ao meu lado com o rosto enterrado em suas mãos, eu não o entendo. Tínhamos pago 30 dólares para entrar e ele fica nessa frescura?

— Não deveríamos estar aqui, Donna. Somos menores, nossa senhora — ele ergue a cabeça e olha em volta — Céus! Tem um rapaz tirando a roupa, se a polícia aparecer e ver a gente aqui poderemos ser presos, é isso o que você quer? — Rio da cara dele.

— Cala a boca — viro o copo e o bato na bancada, vi isso em filmes e eu sempre quis fazer. Olho para o homem fazendo strip-tease, me volto para Thomas, animada — Eu quero colocar um dólar na cueca dele! — ergo a mão para ele me dar o dinheiro, Thom franze as sobrancelhas — Não seja pão duro, Thomas!

Ele segura os meus ombros com ambas as mãos e chega o rosto avermelhado perto do meu, falando pausadamente enquanto olha profundamente em meus olhos na tentativa de me fazer entender.

— Você. Está. Bêbada.

Arqueio as sobrancelhas e permaneço com a mão estendida para ele me dar o dinheiro, o homem está fazendo um belíssimo trabalho ali e seria rude não o pagar, coitadinho. Pego o dólar que ele estende e caminho, saltitante até o stripper.

Havia muitas mulheres em volta dele, elas dançavam e jogavam notas de cem, fico intimidada com o meu dólar. Eu nem sei o que estou fazendo aqui. Oh, é mesmo. Minha carta de Harvard chegou, elas não costumam chegar em agosto e isso me deixou louca. Eu não consegui abrir a carta, ali está escrito o rumo que o meu futuro irá tomar, se todo o meu esforço valeu a pena, se as noites mal dormidas; as crises de ansiedade; os surtos dias antes das provas; a infância perdida e principalmente, adolescência, valeram a pena.

Me sentirei vazia, derrotada, destruída se não tiver sido o suficiente.

Empurro as mulheres que se espalhavam na frente do stripper e dou um sorrisinho, colocando a minha nota na cueca dele. Arregalo os olhos quando ele se ajoelha e começa a simular os movimentos sexuais em forma de agradecimento.

— Por nada, meu caro — faço uma reverência. Ai, estou bêbada.

Cambaleio para trás quando uma moça esbarra em mim, Thomas me pega rapidamente, nem sabia que ele estava perto.

— Deus do céu, Donna!

— Shhh, estamos em uma boate. Não pode falar o nome de Deus aqui, é pecado — sussurro, passando o dedo indicador nos lábios dele para fazê-lo calar a boca — Droga, eu falei o nome de Deus — arregalo os olhos — Falei de novoooo!

Até o Fim do Jogo [Att todos os dias]Onde histórias criam vida. Descubra agora