Capítulo 23 | Essa é a moral da história.

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"Ela disse: Onde você achou esse cara? Eu disse que os jovens se apaixonam, pelas as pessoas erradas às vezes"

Moral of the story, Ashe.

     Encaro mais uma vez o número estampado na porta do quarto de hotel, talvez se eu esquecer que estive aqui e voltasse para casa faria o nó em minha garganta se desfazer completamente

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Encaro mais uma vez o número estampado na porta do quarto de hotel, talvez se eu esquecer que estive aqui e voltasse para casa faria o nó em minha garganta se desfazer completamente. Sinto minha mão ser apertada por palmas menores que a minha, abaixo o olhar notando um par de olhos negros posicionados em mim.

— Não precisamos fazer isso, você sabe, não é? — Luke diz, baixinho. Meus lábios se curvam em um sorriso com sua maturidade.

Eu sei o quanto ele quer vê-la, foi por esse motivo que implorei ao papai para me contar onde ela estava. E tivemos uma conversa um pouco tensa por ele ter listado os porquês de ela não estar pronta para nos vermos. Eu entendo os motivos dele, mas ele também precisa entender os nossos.

— Vamos fazer. — Bato na porta, relutante.

Segundos depois, mamãe aparece na porta. Meus lábios se abrem involuntariamente por ser testemunha da primeira vez que não a vejo tão impecável como antes. Suas roupas estão devidamente passadas e limpas junto com o seu rabo de cavalo, sem nenhum fio fora do lugar. Mas, por dentro, ela estava tão bagunçada. Pude ver através de seus olhos, o quanto parecia cansada e desgastada. Meu corpo se arrepia só por ver todas as expectativas que criei através dela serem enterradas sete palmos abaixo da terra.

— Mamãe! — Luke corre para envolvê-la enquanto eu fico parada no mesmo lugar como uma estúpida, como uma covarde.

Os olhos de mamãe se recaíram sobre mim, pela primeira vez eu não senti que ela estava me analisando; procurando algum defeito para poder corrigir. Me passou a impressão de que sentiu a minha falta e contava os dias para me ver. Também notei isso por ela abraçar Luke fortemente. Meu estomago se contrai um pouco com o pensamento de que talvez eu esteja inventando tudo isso para que tudo ficasse bem entre a gente, ela é nossa família, Luke precisa dela. Eu preciso dela.

— Oi, mãe. — Me aproximo a abraçando.

— Oi, querida. Que saudade que eu estava de vocês dois... — ela sorri, enquanto nos puxa para dentro e fecha a porta. Luke e eu nos acomodamos na beira da cama e a olhamos, esperando que ela dissesse alguma coisa. Isso era uma sensação um pouco desconfortável para mim.

— Mamãe, a senhora irá no jantar de ação de graças? Donna disse que terá brownie com caramelo salgado. — Tudo bem, apenas eu estava desconfortável. Mas Luke é pequeno demais para isso, eu o entendo.

— Eu não sei, querido. Tenho que ver com...

— Ele quer que a senhora vá. — é a minha vez de dizer, seus olhos parecem surpresos com a minha fala. — É ação de graças, papai quer a família lá. — Murmuro, baixando os olhos.

Até o Fim do Jogo [Att todos os dias]Onde histórias criam vida. Descubra agora