Capítulo 6 | A cópia do meu pai.

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"O indivíduo bem equilibrado é insano."

— Charles Bukowski.

    Uma gota de suor desce pela minha testa e um grunhido pelos meus lábios ao acertar outro golpe no saco de luta, meus braços tremem e minhas pernas já esboçam fraqueza quando volto para a posição inicial pronto para começar uma nova rodada

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    Uma gota de suor desce pela minha testa e um grunhido pelos meus lábios ao acertar outro golpe no saco de luta, meus braços tremem e minhas pernas já esboçam fraqueza quando volto para a posição inicial pronto para começar uma nova rodada.

— Você está cada dia melhor — Arwin diz, não presto atenção nele, mas tenho certeza que está debruçado nas cordas da arena como um bicho preguiça.

Direita. Esquerda. Gira e acerta mais uma vez!

Meu pai me ensinou a lutar, ele disse que assim eu não seria uma vítima, e sim uma causa. Me tornaria forte e principalmente, um homem. Acreditei nele quando pequeno, mas na medida em que cresci; soube a verdadeira verdade.

— Sean, o que acha de darmos uma festa na sua casa? Podemos convidar a escola toda...

Me afasto do saco, controlando a minha maldita respiração, tiro as luvas das minhas mãos e logo após o pano grosso que estava enrolado nelas. Apanho a minha garrafa de água na mão de Arwin e, com algumas goladas rápidas, acabo com o líquido.

— Pra você convidar a Louise Williams? — Provoco-o.

— Não, claro que não! — primeiro ele faz uma expressão séria, depois ele ri totalmente sem jeito, que garoto patético. — Acha que ela viria? — seus olhos estão totalmente grudados em mim, eu aceito andar com Arwin porquê eu sinto que posso ensinar muitas coisas para ele, ele me enxerga como um irmão mais velho e me sinto responsável em arrumar alguma garota para ele perder a porcaria da virgindade.

— Amanhã o Harvey vai fazer uma festa para anunciar o novo Tech-phone X, convide-a. — sugiro, passo as mãos pelos cabelos úmidos de suor e remexo os braços me sentindo um pouco desconfortável pela camisa cinza de algodão estar grudando em minha pele, a puxo para cima, retirando-a. — O bom é que a festa será no salão de um hotel, após ela está na sua, sobe para um quarto.

— Ela não vai querer ir sozinha, pode... Por favor... Convidar a Donna? — Ele sussurra.

— Desculpa, cara, mas...

— Sean! — Aperto os olhos ao escutar o grito familiar, como o Frederico deixa qualquer uma entrar na minha casa assim? E ainda descer para a arena de luta?! Me viro dando de cara com Madison, ela parecia irritada com alguma coisa. Ela sempre está irritada com alguma coisa, mas, agora parecia chateada também. — Você não vai me convidar para a festa do seu pai?! O Jackson convidou a Heather! — ela bate os braços ao redor do corpo como uma criança mimada, pisco os olhos não acreditando na cena que estou presenciando.

— É só para os amigos íntimos, Madison. — Coloco a toalha branca felpuda em volta do pescoço e me agacho, pulo as cordas para sair da arena.

Até o Fim do Jogo [Att todos os dias]Onde histórias criam vida. Descubra agora