Capítulo 21 | Não me puxe para baixo junto com você.

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Todos os meus sentidos se intensificam. Sempre que eu e você mergulhamos. Cruzei o oceano da minha mente. Mas no final me afogo.
Você me puxa para baixo, para baixo.

— Can we kiss forever, Kina.

    Encaro o teto de gesso com as mãos apoiadas na barriga e as pernas na cabeceira da cama de Thomas, Louise encontra-se no lado oposto e meu amigo permanece sentado em sua cadeira giratória com uma perna dobrada por cima da outra desde que toque...

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Encaro o teto de gesso com as mãos apoiadas na barriga e as pernas na cabeceira da cama de Thomas, Louise encontra-se no lado oposto e meu amigo permanece sentado em sua cadeira giratória com uma perna dobrada por cima da outra desde que toquei no assunto que era bastante desconfortável. Para nós três.

— Não sei dizer, talvez amarelo ou... Vermelho? — Sugere Thomas.

Dei a ideia de pintarmos o quarto de Thomas como presente de natal, a verdade é que eu estou passando mais tempo com Lou e Thom por me afastar completamente de Sean, preciso me manter ocupada, preciso me manter ocupada ou aquelas palavras que saíram dos lábios do jogador voltariam a assombrar minha cabeça. Thomas percebeu que eu não estava bem, afinal, estamos a um pouco mais de um mês longe do natal. Louise desconfia o que aconteceu, Arwin deve ter mencionado algo para ela, já que é tão grudado com o Sean. E nenhum dos dois tocaram no assunto.

— Eu gosto de azul. — Louise se prontifica, depois de passar o tempo inteiro cantarolando uma música infantil que colou em sua mente.

— Eu gosto de preto. — Murmuro.

— Uh, preto não! — ambos dizem em uníssono.

— Amarelo, será amarelo. — Dou a palavra final. — Eu não aguento mais aquele verde musgo.

Mais tarde naquele dia, iniciamos a pintura. Thomas cobriu o chão com plástico e entregou a mim e a Louise um pincel pequeno por medo de estragarmos os seus móveis, Louise o mandou se foder e jogou o balde de tinta na parede; meu corpo gelou por imaginar que Thomas não teria coberto os móveis também, mas ele o fez. Por sorte, eu estava vestida com a calça do meu pijama e uma camisa cinza com a logo dos alfas costurada em azul-marinho no peito, Louise pegou a camisa de Thomas do Batman e Thomas usava apenas uma calça de moletom. No calor da Califórnia aquilo era o mínimo para não se derreter por inteiro, no final do dia estávamos todos sujos de tinta e o quarto não parecia nem um pouco uniforme, a tinta amarela não sobrepôs o verde e ficou algo muito estranho de se ver. Olho para o rosto de Thom na tentativa de pedir desculpas enquanto ignoro as gargalhadas descontroladas de Louise, ele continua firme com sua cara de "bravo" que parecia mais um buldogue fofinho.

— Talvez se passarmos outra camada de tinta... — mordo os lábios, nervosa.

— Jura?! — Thomas responde, com o rosto vermelho.

Céus, foi uma péssima ideia pintar esse quarto.

Resolvemos nos limpar tomando banho de mangueira no quintal, apesar de sabermos que a tinta não sairia das nossas roupas, da pele saiu. Entrei em casa enrolada em uma toalha que Luke me entregou na porta e subi as escadas rapidamente para tomar um banho decente e trocar de roupa.

Até o Fim do Jogo [Att todos os dias]Onde histórias criam vida. Descubra agora