entrelinhas.

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Ela é pequena, muito pequena. Não só na altura, mas em todo resto. É como se ela não fosse bem alimentada há meses, como se a magreza excessiva não lhe fosse natural. Seu rosto esguio e descarnado está cansado, mesmo quando dorme. Sua boca está firmemente fechada, seu corpo encolhido, mas o braço com o soro está esticado. Olho para as marcas roxas e sinto meu estômago se revirar. É cruel e doloroso de se ver.

Sinto uma profunda letargia observando essa garota. Quero ajudar, quero fazer qualquer coisa, mas sei que devo manter distância. Sei que há algo profundamente errado e perturbador em relação a ela.

Assim como sei que seus olhos são tão familiares que sinto um nó no estômago toda vez que a encontro.

MONSTRO. | Professor × Aluna.Onde histórias criam vida. Descubra agora