3- O Prisioneiro

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MARY GREENE

Eu nao entendi o que estava a acontecer. É claro que já fazia um tempo desde que Negan atacou um novo grupo, desde que trouxe um novo prisioneiro. Esse prisioneiro deve estar a sofrer tanto,isolado de todos e com a sua vida nas mãos de Negan. Uma nova comunidade descoberta. Será que a minha família está viva? Maggie pode estar bem? Beth e o meu pai podem estar em segurança? Eu tenho de falar com aquele homem.

Meus pensamentos se foram quando Dwight tocou no meu ombro, ele pousou um prato no chão, um prato vazio.

— Já faz duas horas que estás aqui.

— Não tenho nada pra fazer.

Ele me agarra e me leva até outro corredor. Dwight coloca as mãos nos bolsos e se encosta na parede.

— Presta atenção no que te vou dizer. — ele levanta a cabeça na minha direção. — Tens sorte por não ser esposa de Negan, por ele te facilitar umas coisas. Não abuses dessa sorte.

Eu ajustei a minha postura e me aproximei dele, ficando cara a cara.

— Eu perdi o meu marido por causa disso. Eu tenho sorte!? — perguntei me exaltando.

—...Mary, não queiras perder a tua vida. Negan tens as suas razões para fazer o que faz. Deve ter uma explicação sobre o Dar...sobre o novo prisioneiro. — Dwight coloca a mão no meu ombro e sai andando.

— Eu sinto muito por você. Negan come a tua garota e tu não sabes fazer nada. Ele fala e tu colocas o rabo entre as pernas. — eu digo e passo reto por ele que não se mexe nem um bocado.

Meu deus, o que tem de tão especial aquele prisioneiro. Além disso, perder Mathew, meu marido, é um das coisas que não gosto de falar. E o pobre Thomas...o meu filho não merece sofrer, não mereceu passar por aquela dor.

Deixei meus pensamentos de lado e fui até à porta de uma cela,onde Dwight estava há uns minutos.

— Quem é você?— perguntei num tom mais baixo com uma das minhas mãos na porta.

Um silêncio se instalou no corredor, parecia que não tinha ninguém lá dentro.

—Me chamo Mary.— eu parei por um momento.— Mary Greene. Teu nome?

Logo, alguém bateu na porta e tentou falar.

—...Greene?

—Sim! Conheces mais alguém com esse sobrenome?— Dei um pequeno sorriso e tentei abrir a porta. — Não estás a morrer, né?

— Não. — ele responde.

— Isso é bom. Qual é o teu nome?

— Daryl.

Suspirei de alívio por ver que estava tudo a ir bem, ele deve conhecer alguém da minha família. Mas Daryl está fraco e mal fala.

— Que estás a fazer!?— Joe, um dos salvadores, me perguntou todo autoritário, pelo canto do olho vi que ele avançava para mim com passos lentos.

— Você conhece alguma Maggie? Olhos verdes, cabelo curto, castanho, ela é forte, dedciada e bondosa. — Não é a melhor descrição mas eu dei o meu melhor.

—Maggie sempre acreditou que estavas viva. — ao ouvir as palavras de dary, eu coloquei a minha mão no meu peito, suspirando de alivio. — Ela sente a sua falta.

— Eu também sinto.

Peguei num gancho de cabelo e tentei abrir a porta, mas parei ao ver um par de pés bem ao meu lado. Me virei totalmente e dei de caras com Joe.

Love made us crazyOnde histórias criam vida. Descubra agora