DARYL DIXON
Mary e eu seguimos para o mato conversando baixinho e paramos num sítio onde havia duas direções. Era fácil de ouvir alguém se aproximar. E havia dois locais para ir, foi aí que decidimos nos separar. Eu ía pela esquerda e Mary pela direita.
— Ei. — Eu chamo por ela que se vira no mesmo instante. — Tenha cuidado.
— Você também. — Ela responde e move as folhas que tapavam um pouco a saída pela direita.
Eu puxo a faca do bolso e entro pela esquerda, correndo e prestando atenção a tudo.
Eu ouço as folhas se moverem ao meu lado esquerdo e eu paro de correr na mesma hora. No segundo a seguir, aquele desgraçado com músculos saí do mato e quase que vai contra a árvore.
— Hércules está aqui meu amigo! — ele tira duas facas do bolso e chama por mim.
Ele vai morrer primeiro. Depois eu mato os outros.
O olho com um olhar desafiante e ele me ataca, me pegando pela cintura e me levando a bater numa árvore. Mal sinto a árvore, eu cravo a faca nas suas costas, bem próximo do pescoço. Eu vou até ele e lhe dou uma joelhada no pénis dele. Ele move o braço na minha direção e eu paro o soco com as minhas mãos. Ele pega nas facas e começa a agitar as mãos na minha direção, tentando me acertar.
Eu me desvio de todas as facadas possíveis, uma delas me atingem de raspão, mas isso não é nada.
Quando tenho uma oportunidade, bato com o pé no joelho dele e ele se baixa colocando as mãos no chão. Eu aproveito e coloco as minhas mãos à volta do seu pescoço e ele começa a me arranhar por todo o lado. Depois, eu sinto os meus pés um pouco acima do chão. Ele começa a andar, se esforçando e depois me atira contra uma árvore. Eu caío em pé e me desvio a tempo de não levar um soco. Enquanto ele tem o braço esticado, eu jogo os meus braços ao longo da cintura dele e o empurro para o chão.
Rolamos pelo chão até embatermos noutra árvore. Hércules agarra no colarinho da minha camisola e me empurra contra chão. Eu pego numa faca que estava perto de nós e a cravo na parte de trás do pescoço. O sangue dele espirra para a minha cara e eu sinto o paladar mudar de sabor. Ele cai em cima de mim e eu o atiro para longe.
Limpo o sangue da minha cara e xingo o homem de todas as maneiras possíveis.
Hércules? Eu hein, não deu quase ninhuma luta.
Eu pego nas facas que cairam no chão durante a luta, as limpo e as guardo. Ando um pouco para a frente e vejo que ía dar de volta ao acampamento. Aí eu entendi.
A mulher loira, o filho e o cão não estavam lá. Eu matei Hércules, mas ainda sobra eles. Pelo menos sobra a mulherzinha.
—....Mary— eu finalmente me lembro dela e volto para trás a correr.
Mato uns zumbis que apareceram no meio do mato e avanço pelo lado direito, por onde a Mary entrou.
Mais à frente, encontro um mini supermercado e decido emtrar lá dentro. A porta foi arrombada e as prateleiras estavam meias vazias. Havia latas por todo o chão e havia vários zumbis mortos. No máximo havia 8 zumbis no chão, todos mortos. Caminhei por entre as prateleiras e achei uma porta bloqueada por um móvel. Olhei pelo vidro da porta e vi mais zumbis, alguém tapou a porta, havia marcas do arrastamento do móvel, o chão estava todo marcado. Virei pela direita e vi corpos humanos. Deve ser aqui que eles matam as suas vítimas.
Não havia ninguém lá dentro, ninguém vivo. Mas achei uma seringa no meio do chão.
Mas que diabos!?
Onde está Mary!?
— MÃE! MÃE, POR FAVOR! MÃE, POR FAVOR! ACORDA, MÃE!
Ouço os gritos do pequeno Daniel ao longe. Não sabiam de onde vinham mas tinha de descobrir. Saí pela porta das traseiras e comecei a correr por entre as árvores.
Mato uns zumbis pelo caminho e vejo umas gotas de sangue que iam pela direta, pelo meios de outras árvores. Continuo a seguir o sangue e até vejo à marca das patas de Rex. Começo a ouvir a voz da Morena a falar com Daniel. Com essa voz, eu já sabia por onde tinha de ir. Chego até um pequeno sítio com poucas árvores e a veja sentada no chão. O pequeno estava a abraçar o corpo da mãe que estava morta. Quando ele me viu, veio caminhando até mim, soluçando e chorando.
—...tio Daryl?— a criança aperta a minha camisola. —...Pode me abraçar um pouco?
Ele me olha com uns olhos de Bambi e eu pego nele. O abraço e olho para Mary que se levanta por fim, secando umas últimas lágrimas. Ela vem até nós e mexe nos meus cabelos me deixando sem reação.
— Ele vai ter de vir connosco. — ela me puxa para mais perto e sussurra no meu ouvido.
— Sim. Não vamos deixar uma criança de 9 anos para trás.— eu sussurro de volta para ela.
Eu coloco a criança de volta no chão e ela me dá a mão. Olho para baixo,o vendo dar a mão a Mary também.
Com isso, ele baixou a cabeça e começamos a andar todos juntos.
NOTAS: Eu particularmente digo que este capítulo está no meu Top3. 💕
CAPÍTULO PUBLICADO NO DIA 7/09/2022
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Love made us crazy
HorrorE se Maggie rhee tivesse finalmente encontrado a sua irmã gemea? Só que na pior situação da sua vida. Mary Greene, irmã gémea de Maggie, foi salva no início do Apocalipse por Negan, ficando ao lado dele até agora e não desistindo de encontrar a sua...