4- Dixon e Greene

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NARRADOR

Dary Dixon e Mary Greene passaram a noite toda a falar, até se esqueceram do frio. Essa noite marcou o início de uma amizade.

Mary teve uma crise de choro, um choro incessante e doloroso. Daryl tinha contado tudo sobre Beth e Hershel. Obviamente que aquilo não era a notícia que Mary queria ouvir, mas isso haveria de passar um dia, a dor teria que ir embora.

Mary se lembrava do passado, antes do apocalipse. Buscava frutos com Beth, dava conselhos sobre namorados a ela, Beth tinha sempre algumas dúvidas. Costumava ajudar Maggie na cozinha e amava ouvir o seu pai a falar sobre ajudar os outros. Mary ainda ajudava Maggie a escapar à sucata e vice-versa. Beth e Mary  ainda andavam de cavalo nos tempos livres. E agora tinha perdido o seu pai e um das suas irmãs, não os conseguiu salvar no final das contas.

Não os ajudou quando eles mais precisaram, não compartilhou a mesma dor que eles.

Pensamentos negativos invadiram a pobre cabeça de Mary que ficou parada, a olhar para o vazio, deixando as lágrimas rolarem. Daryl tentava dizer algo nesses momentos, mas não lhe saia nada da Boca, apenas ficou a ouvir a Greene, que estava tão indefesa no momento.

O novo dia tinha começado e estava tudo tranquilo. Negan, Dwight e os salvadores ainda não tinham aparecido, graças a deus!

Anne e Zack estavam quietos, para não irritar Negan e Thomas andava com Grace e Ben, ainda não sabia de quem gostava. Se gostava da Grace, filha do Negan, que de vez em quando consegue ser uma pessoa boa e nos ajuda se precisamos,sendo um pouco diferente do pai. Ou se gostava de Ben, o seu melhor amigo desde que aqui chegamos, que o consola quando ele precisa e que o ajuda sempre, um rapaz bondoso e cuidadoso.

E mais uma coisa, Alden, um amigo de Mary, um salvador de outro posto de controlo de Negan, tinha vindo ao santuário e passou uma boa parte do tempo ao lado da cela.

Mais para a noite, Dwight veio buscar Daryl Dixon e Mary olhou pela fechadura e bateu na porta com força.

MARY GREENE

— Ei, Dwight! — chamei e ele bateu na porta me assustando. — Onde pensas que vais?

— Fica no teu lugar. — respondeu todo ríspido. — segue uma das regras do Negan, pelo menos.

— Eu sei que vais ter com o Negan.

— Aposto que sim.

Dwight agarrou nele e o mandou andar. Daryl reclamou baixinho mas fez o que ele mandou.

As coisas estão a acontecer tão rápido e eu estou toda fudida, presa numa cela toda suja. Só me apetece matar alguém!

DARYL DIXON

— Credo. O Carson já vai tratar de ti. Tens sede? — Negan estende um copo com água e depois o pousa. — A tua boca está tão inchada como o rabo de um Babuíno. Precisas de uma palhinha?

Negan me passa outra vez o copo e manda Dwight ir buscar uma palhinha, o chamou de "D", credo, me dá vontade de vomitar.

— Vês aquele tipo? Ele é eficiente. Eu gosto de eficiência. — Negan aponta para Dwight que chega com uma palhinha.

— Ele não é como a Nossa Mary. — Negan chega mais perto e coloca a palhinha no copo, o pegando e o dando para Dwight. — Não sigas ela. Não faças o que ela faz.

— Eu prefiro ela...— eu deixo escapar umas palavras e Negan ri debochadamente.

— Eu a pedi em casamento, há anos, porque sou um gajo às direitas. A seguir...— Negan faz um barulho de um alerta, tipo um despertador e continua a falar. — Um alerta vermelho! Ela faz tudo ao contrário e faz tudo mal, não é minha esposa nem porra nehuma.

Eu fui um pouco para trás quando Negan balançou aquele maldito taco na minha direção.—Há regras.— disse ele num tom mais altinho do que o costume. — Para Lucille, as regras são tudo.

— Isto pode ser tudo teu. — eu olhei à volta e vi um quarto completo. — Basta responderes a uma simples pergunta.

— Quem és tu? — Negan pergunta se debruçando para trás.

—...Daryl.— digo encarando seus olhos.

Negan me olha e segura mais forte em Lucille.

— Vá catar coquinho seu idiota. — Negan se senta e olha pra Dwight. — Leve ele daqui, D! Ele fez a sua escolha.

MARY GREENE

Já  faz por aí meia hora que eles sairam. Eu começo a bater com o meu pé no chão, todo impaciente e vários pensamentos vêm à minha mente.

— Vai agir assim por QUANTO TEMPO!? — Ouço Dwight a falar com Daryl.

Eles voltaram agora mesmo e eu fico atenta na conversa.

Daryl continuava a negar a ajuda de Negan, não se colocava ao seu lado. Isso me fez dar um sorriso vitorioso. Por alguns segundos eu me senti bem, não estava triste. Mas depois, eu pensei na dor que ele pode vir a passar, e se o Negan o matar?

Enquanto pensava nisso, Alguém abre a minha porta e eu fecho os olhos num reflexo, a luz de lá de fora me aleija nos olhos. Já não a via faz muito tempo.

Quando finalmente me habituei, eu vejo Dwight em pé, à minha frente e me ajeito no chão, ficando de cara para ele.

—...Ah...és tu, que bo...

Dwight me dá um murro na cara e eu caiu para o lado, pois perdi o equilíbrio. Se eu nao estivesse com as mãos atadas, eu juro que lhe partia as Beiças.

Cuspi o sangue para o chão e me sento no chão, com sangue na minha boca e na minha roupa.

Dwight virou a cara e foi até à porta.

— Vais matar todos os teus amigos se continuares assim.

Ele fala de costas para mim e sai de lá, fechando a porta na minha cara. A escuridão volta a aparecer e eu olho para o nada, sem falar alguma coisa.








: Pela autora :

• Primeira vez com Daryl a falar, aqui na fic!

• Espero que estejam a gostar!

• Como deixar a autora feliz? Simples, sodeixe o seu voto e o seu comentário.

• Não quero ser chata, mas todos nós sabemos que isso é importante para o crescimento da fic.

• É isso! Estou amando escrever!

• um beijo e até ao próximo capítulo.




          CAPÍTULO PUBLICADO NO DIA 27/08/2022

Love made us crazyOnde histórias criam vida. Descubra agora