36- É assim que tem de ser

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MARY GREENE

Era de tarde quando chegamos a Alexandria.

Michonne abriu o portão assim que ouviu o nosso chamamento.

— É tão bom de vos ver novamente.— Michonne beija as nossas bochechas e começa a andar connosco.

— Falta pouco para darmos cabo do resto dos salvadores. — Daryl começa por falar.

— Os zumbis já entraram no santuário. Mataram alguns deles. — Eu falo.

— Isso é bom. — Michonne diz.

As pessoas em Alexandria estavam bem. O restante delas. Ainda estavam armados e com os olhos bem abertos, mas mesmo assim, se divertiram.

— Carl está acordado? — Eu pergunto preocupada.

— Sim...— Michonne dá um pequeno sorriso. —Obrigada por agires rápido. Ele já está com um novo braço.

— Eu fiz o que qualquer um fazia. — Eu olho para ela a sorrir. — Ele já passou por tanto...coitado.

— Ele já perguntou por ti. — Michonne fala.

— Eu vou ver se o encontro. —Eu digo.—Até logo.

Como não tenho vergonha na cara, eu avanço até Daryl e lasco um grande beijo na sua boca. Ele fica com vergonha e eu dou um sorriso de lado. Michonne dá umas palmadinhas nas costas de Daryl e começa a rir.

Eu decido ir até à enfermaria para ver se o encontro lá.

A porta já estava meia aberta, então eu decido entrar.

— Merda! — Siddiq coloca a mão no peito.

— Eaí. — Eu o cumprimento a rir.— Estás bem?

— Melhor do que antes.— Ele fala. — Estás com mau aspeto.

— É...eu sei. Aconteceu várias coisas.

Ele dá um meio sorriso.

— Vieste ver o Carl?

— Sim! Ele está aqui? — Eu pergunto.

– Ele está deitado numa das camas. — Ele abre caminho e eu vejo o Grimes sentado. — Ele está interessado em falar contigo.

—Vou ver o que ele quer.

Eu entro com cuidado e analiso Carl. Ele está sentado, agora tem uma espécie de espada média no lugar do braço. Estava focado na janela. Nem deu por eu me aproximar.

— Oi Carlão!— Eu sento numa cadeira perto dele.

— Carlão!? —Ele olha pra mim com um sorrisinho.

— Agora estás mais crescido. — Eu falo a rir. — Esse novo braço te faz ficar mais maduro.

—...faz?— Havia um tom de preocupação na sua voz.

— Claro que faz!

É tão dificil de ver que Carl se sente insegura em relação ao seu olho e ao seu braço. Ele é bonito da maneira que é, e tem de entender isso. Existe uma aura maravilhosa ao redor dele, ele é um adolescente fantástico que merece tudo de melhor. Sempre coloca os outros à sua frente e esquece que ele mesmo precisa de ajuda.

— Você é maravilhoso Carl. — Eu falo na tentativa de o animar.

Ele começa a sorrir e esconde a cara.

— Minha mãe disse que eu vou vencer este mundo. — Ele muda de expressão.

— Você vai vencer este mundo! É corajoso, valente...

Love made us crazyOnde histórias criam vida. Descubra agora