Capítulo 12

1.5K 92 35
                                    


Alicia Medeiros 

— Aqui, vamos sentar nessa aqui mesmo — Steffany apontou uma mesa do lado de fora do bar — Luiz, traz um litrão da mais gelada que você tiver e três copos pra gente, por favor — a garota grita se sentando na cadeira ao lado da minha.

— É pra já menina Teff — a voz do dono do bar ecoa de dentro do bar.

— Obrigada — ele coloca na mesa e nós agradecemos com um sorriso no rosto e os olhos brilhando.

— Tem o que pra acompanhar? Tô na maior fome — ouço ela perguntar enquanto o senhor de bigode despeja o líquido no copo servindo nós três.

— Tem porção de batata com bacon e cheddar que acho que dá pra essas três mocinhas encherem a barriga tranquilamente.

— Hummm! Traz pra gente por favor.

— Trago sim — ele saí mas logo volta com uma porção enorme de batata que me deixou com água na boca só de olhar.

Nós não perdemos tempo e devoramos a porção em pouquíssimos minutos, enquanto isso vejo Steffany pegar o celular, tirar uma foto e postar no story do Instagram marcando eu e a Ma e sorri.

— O que foi maluca? — Marcela pergunta enquanto leva o copo cheio até a boca.

— Postei um story no insta, dou dez minutos pro Thiago aparecer aqui — ela sorri ainda de olho no celular.

— Até parece que você não postou com esse intuito né, só pra provocar o garoto — Marcela fala e semicerra os olhos.

— Claro que não — a pretinha faz pouco caso.

— A gente te conhece garota, tá doida pra ver o loirinho — ela não responde mas o sorriso no rosto dela confirma que realmente ela queria que ele aparecesse.

Ao contrário do que ela disse, ele não chegou em dez minutos e sim em cinco, acompanhado do Pedrinho e do Santos.

Eles descem das motos e caminham na nossa direção, cumprimento os dois que tratam de puxar as cadeiras pra se sentarem com a gente. Já o TH, passa por trás da Steffany, agarra os fios de cabelo dela e segura.

— Coé preta, por que não me chamou? Tava doido pra te ver.

— Não nasci grudada em você — ela sorri pra ele — Além do mais se me verem contigo vão achar que a gente tem alguma coisa e não é o caso — ela se estica pra beijar a boca dele mas ele se afasta impedindo.

— Tá abusada pra caralho hein — segura a mandíbula dela — Continua com esse papinho que eu vou te desmontar inteirinha — ele da um selinho nela — Na minha cama — ele sussura e um sorriso malicioso cresce nos lábios da garota.

— E tu morena, de boa? — assim que me olha balança a cabeça me cumprimentando — Voltou na favela mais rápido do que eu imaginei hein — sorri e senti nas suas palavras que ele sabia mais do que eu gostaria que soubesse.

— Melhor do que isso só se você pagasse mais um litrão pra gente — tentei desviar do comentário sugestivo levantando o litro vazio.

— Já é, Luiz traz mais um desses pra gente — ele grita e puxa a cadeira para sentar entre eu e a Steffany assim que eu abro espaço pra ele.

— Essa é a Marcela viu gente — Teff apresenta a loira sentada do outro lado da mesa — Ma, esses sãos TH, Santos e Pedrinho — vejo ela sorrir e percebo o olhar atento do Santos na loira.

Luiz trouxe mais uma cerveja e os copos para os meninos também se servirem, bebemos e ouvimos as histórias extremamente duvidosas que Pedrinho contava, hora ou outra jogava algumas indiretas pra mim me fazendo sorrir tímida.


Válvula de escape - [M].Onde histórias criam vida. Descubra agora