Capítulo 31

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*Esse capítulo pode conter gatilho de violência sexual infantil, se não se sentir bem em ler esse tipo de conteúdo, favor não prosseguir com a leitura*

Caio Coimbra (Deco) 

Não tinha por que discordar dela, realmente nós dois não iriamos dar certo nunca. 

Ela era boa demais pra mim e eu não ia envolver sentimento, ela também não deveria então era melhor mesmo nos afastar antes que desse alguma merda. 

— Qual foi dessa sua cara de cu? — a magrela me pergunta assim que se senta no banco do carro. 

— Não foi nada. 

— Qual foi Caio, eu te conheço pô — coloca o cinto e fica me encarando — Desde de quando tu era aquela coisa feia que ninguém queria pegar. 

— Coé Steffany sempre fui gato e gostoso — ela me olha e faz como se estivesse vomitando. 

— Nunca foi, hoje você só esta aceitável — desdenha da minha gostosura, mandada namora o TH e quer falar sobre homem bonito vê se pode — Brigou com a Alicia de novo né? Mas caralho vocês dois não conseguem ficar cinco minutos no mesmo lugar sozinhos sem brigar?

— Só quando a gente ta fuden...

— Caio — acerta um tapa no meu braço a filha da puta — Me poupe dos detalhes. 

— Você que perguntou porra — passo a mão no local, tapa ardido do caralho. 

— Mas não tem necessidade de falar essas coisas pra mim caralho eu ainda sou um bebê — olha só, quem não conhece ela que compre esse papel por que eu não compro não — Sou o bebê da minha mãe e sou a tua menina ainda, não fala essas indecências perto de mim garoto. 

— Tu deixou de ser minha menininha faz tempo Steffany. 

— Não fala isso, pode parar — a maluca começa a falar com voz de choro, achei até que ela tava zoando mas ela tava quase chorando de verdade. 

— Tá maluca? Tá chorando por que doida? — pergunto com um olho nela e outro no caminho que estamos indo. 

— Você disse que eu não sou mais a sua menininha...

— Ta de marola Steffany? 

— Não. 

— Pô para de chorar magrela, sabe que eu odeio te ver chorando e sabe também que tu nunca vai deixar de ser minha menina pô. 

— Mas você disse...

— Eu tava zoando — tento contornar a situação.

— Não tava não.

— Tava pô, para de chorar ai na moral — fico sem saber o que fazer, a garota tava com as mãos no rosto enquanto chorava e não queria olhar pra mim de jeito nenhum — Se tu parar eu passo no mc'donalds que tem bem ali na frente e compro um daqueles milk shake que eu sei que tu gosta. 

— Tá bom — a pilantra me olha com a cara mais lavada do mundo, sem vestígios de lágrimas ter passado por ali — Eu tava mesmo querendo um docinho. 

— Caralho, não é possível que tu tava fingindo. 

— Pra quem é um bandido tão bom, tão procurado você é bem tontinho viu. 

— Não vai ganhar mais porra nenhuma pra deixar de ser mentirosa. 

— Caio, você prometeu. 

— Porque eu achei que você tava chorando.

Válvula de escape - [M].Onde histórias criam vida. Descubra agora