Capítulo 52

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Caio Coimbra (Deco) ⚡️

— Tomate, pimentão, pimenta de cheiro — Alicia repassa pela milésima vez a lista que a Silvia entregou para ela — Está tudo aqui mesmo.

— Sim você disse isso nas duas ultimas vezes também — reclamo — Agora podemos ir? — pergunto já sem paciência.

— Sim, podemos — responde, finalmente caminhamos para o caixa mas no meio do caminho ela para e me olha — Pão de alho, você pegou pão de alho?

— Sim Alicia, peguei um — falo mostrando dentro do carrinho de compras.

— É pouco, vou buscar mais um — ela fala me dando as costas — Vai ser rápido eu prometo, pode ir passando isso aí — fala e anda rápido em direção a seção de refrigeração onde os pães de alho ficavam.

Decido fazer isso mesmo, só assim ela não pegaria mais nada e poderíamos finalmente ir para casa. Assim que começo a passar as coisas sinto que alguém se aproximava e logo colocou a mão nas minhas costas. Viro rapidamente para ver quem era e infelizmente encontro a loira, Victória.

— Oi lindo — fala com a voz irritante.

— Puta que pariu — falo baixo já sentindo a paciência sair do meu corpo aos poucos — Qual foi?

— Como você está? Está sumido, faz um tempo que eu não te vejo — lança.

— É, to ocupado demais — respondo tentando me virar de volta para o caixa.

— Trabalhando muito? — pergunta, respondo apenas concordando com a cabeça — Você precisa tirar um tempo pra você, não acha? — aparece do meu lado — Pra relaxar! — põe a mão no meu ombro — Quem sabe eu também não posso te ajudar a relaxar um pouco — olho para o lado para ter certeza de que a Alícia não está vindo — Vamos Deco, nós podia ir pra algum lugar, oque você acha? — desce a mão e imediatamente paro ela quando encontra o meu tórax.

— Olha aqui mina — me viro pra ela ainda segurando sua mão parada no meu peito — Sem querer ser ignorante ou coisa do tipo mas eu não to afim não tá ligado? — falo — O que nois teve foi um lance passageiro e na moral, sem querer ser indiscreto — pigarreio — Eu não to afim de relacionamento não, então vaza.

— Não está afim? — se insinua dando um passo à frente e dando um passo à frente ficando ainda mais próxima de mim —  Tem certeza? — chega perto demais trazendo aquele perfume barato para direto do meu nariz.

— Tenho! — falo firme!

— Ta bom Deco, eu espero — muda o tom de voz falando baixinho — Eu sei que você vai ser meu um dia — sussurra perto de mim — Só me liga quando você puder, vou estar te esperando — agora ela fala um pouco mais alto atraindo os olhares de algumas pessoas e logo depois sai dando um sorriso malicioso, imediatamente olho pra trás sentindo novamente a presença de alguém, dessa vez era a morena segurando duas bandejas de pão de alho nas mãos parada me olhando.

— Voltou? — ela apenas me olha e concorda — Tá aí a quanto tempo? — pergunto vendo a expressão no seu rosto.

— Suficiente Caio — responde seca sem me olhar.

— Alícia eu... — tento falar mas sou interrompido.

— Eu não quero saber — fala em um tom ameno — Não tenho a menor vontade de saber oque você é ela estavam marcando.

— A gente não estava marcando nada — falo — Ela que veio...

— Eu de verdade não tenho o menor interesse em saber da sua vida amorosa, Caio — fala seca e não me deixa explicar.

Válvula de escape - [M].Onde histórias criam vida. Descubra agora