Capítulo 47

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Alicia Medeiros ✨

- Anda, estamos atrasadas - falo saindo rapidamente da cozinha com uma maçã em mãos.

- Eu estou pronta - a loira se levanta da cadeira depois de engolir de um só vez o suco de goiaba que estava no copo - Eu só preciso calçar as minhas havaianas.

- Você não vai de havaianas pra escola - falo - Precisa de um tênis.

- Eu não tenho um - diz - E também não tem problema, todo mundo usa havaianas na escola.

- Você não é todo mundo Maria Cecília.

- Tá falando igual mãe viu.

- Cala a boca - resmungo - Quanto você calça?

- Trinta e cinco.

- Ótimo - entro dentro do quarto e busco um tênis meu - O mesmo número que eu, pode usar esses aqui.

- Não precisa Alícia.

- Calça logo garota - falo mais uma vez - Ou melhor - penso bem - Traz e calça dentro do carro, ainda precisamos passar no supermercado e comprar um caderno e canetas pra você e estamos atrasadas.

- Não precisa comprar nada, eu me viro - pega a mochila que eu tinha emprestado a ela e joga nas costas.

- Precisa, vamos.

Descemos pelo elevador e chegamos ao térreo rapidamente, cumprimento o seu Antônio assim como a Cecília também, vamos até o carro e antes de ir em direção ao morro passo em um supermercado vinte e quatro horas pra comprar o básico pra ela.

- Pode ser esse? - pergunta.

- Sim!

- Ótimo, eu sempre quis ter um caderno desses - fala feliz - Ele tem cheirinho, olha.

- Ótimo meu anjo - pego algumas canetas e chamo ela - Vamos logo, não temos muito tempo até chegar na escola.

Pegamos todas as coisas e caminhamos para o caixa.

- Setenta e cinco e oitenta e oito, senhora - a moça do caixa fala depois de passar todas as compras.

- Meu Deus, que caro - Cecília diz espantada - É melhor trocar esse caderno, vou buscar outro.

- Não vai não - impeço ela.

- Alicia, é caríssimo.

- Eu não achei.

- Mas...

- Mas nada.

- Eu vou te pagar, tá bom - ela diz - Eu só preciso arrumar um emprego - fala preocupada - Hoje depois da escola eu vou procurar um emprego.

- Você não vai pra lugar nenhum, você vai estudar e depois vai pra casa da Teff - olho feio pra ela, onde já se viu uma garota da idade dela procurando emprego - Já falei com ela, você vai pra lá e assim que eu sair do hospital te busco e vamos pra casa.

- Eu preciso arrumar um emprego pra poder te ajudar com as contas e com todas essas despesas.

- Eu não estou te cobrando nada, estou? - ela nega sem graça - Então para.

Insiro o meu cartão na maquininha e dígito a senha, depois de realizar o pagamento nos vamos de volta para o carro e eu sigo com ela para a escola.

Por sorte não pegamos engarrafamento e conseguimos chegar na hora certa da sua entrada.

- Vou pedir pra Teff vim te buscar.

- Não precisa - discorda de mim - Eu vou pra lá sozinha.

- Não! - nego seria - Espera ela.

Válvula de escape - [M].Onde histórias criam vida. Descubra agora