Capítulo 22

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POR FAVOR, LEIAM O AVISO NO FINAL DO CAPÍTULO


Alicia Medeiros

Terça feira, 13:12pm.

— Você não vai correr, promete pra mamãe — minha mãe diz pela milésima vez antes de me deixar entrar no carro.

— Não Luiza, ela não vai — meu pai tenta se despedir de mim mas ela não sai da frente dele.

— Cala a boca Mário, eu quero que ela diga.

— Eu prometo que não vou correr mãe.

— E quando chegar vai mandar mensagem avisando?

— Sim.

— Melhor, vai me ligar — ela diz afoita — Por chamada de vídeo pra eu ter certeza que você tá inteira.

— Mãe.

— Alicia promete.

— Ela promete — meu pai tenta mais uma vez.

— Cala a boca Mário — ela olha pra ele furiosa.

— Eu prometo que vou devagar e que assim que eu estacionar o carro vou ligar pra vocês — dou um beijo nela — Por vídeo — completo e ela concorda.

— Ela já prometeu, eu posso me despedir da minha princesa agora? — meu pai pergunta e recebe outro olhar da mais velha mas ela logo se afasta — Vem cá meu amorzinho — ele me puxa pra um abraço, retribuo agarrando ele com força — Ainda não me acostumei com isso de você não estar aqui com a gente o tempo todo — ele dá um beijo na minha testa — Mas eu sei que é o melhor pra você.

— Pai — nunca consigo aguentar o choro quando ele começa falar essas coisas.

— Sem choro — limpa a lágrima do meu rosto — Lembra de tudo que eu te falei, realizar os seus sonhos e nunca os dos outros viu princesa — ele olha bem no fundo dos meus olhos — E nunca aceitar menos do que eu faria por você, você merece tudo e muito mais.

— Para de falar essas coisas por que se não eu vou chorar mais.

— Parei, não vou falar mais — ele puxa a porta do carro abrindo pra eu entrar.

— Espera, mais um abraço — minha mãe diz.

Sorrio e abraço ela, meu pai se junta a nós duas e deixa um beijo no topo da cabeça das duas.

— Me deixa ir embora ou se não eu não chego lá nunca — dei um beijo em cada um deles e depois entrei no carro — Amo vocês — dei tchau e sai com o carro.

A playlist no modo aleatório me fez companhia, hora Péricles, hora Dilsinho, Menos é mais, Marília Mendonça e Henrique e Juliano, todos eles me acompanharam na viagem, cantando junto comigo as melhores músicas de casa artista.

Diferente da viagem de ida que foi feita em quatro horas, duas horas e quarenta e cinco minutos depois de que sai de Friburgo estava chegando de frente ao prédio onde morava.

— Boa tarde seu Antônio — cumprimentei o porteiro.

— Nossa Dona Alícia, e esse carrão aí?

— Agora a mãe é motorizada — respondo toda sorridente — Minha vaga ainda está disponível?

— Sim, o mesmo número do seu apartamento.

— Tá ok, obrigada — agradeço assim que ele abre o portão da garagem pra mim.

Entro e estaciono o carro, antes mesmo de descer meu celular toca e eu olho a tela vendo o número da minha mãe, atendo e vejo que é uma chamada de vídeo.

Válvula de escape - [M].Onde histórias criam vida. Descubra agora