Capítulo 18

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Alicia Medeiros

Sexta Feira, 16:49pm.

Aproveitei bem a semana com os meus pais, fizemos uma noite de pizza que nos rendeu boas risadas com o seu Mário tentando dar uma de pizzaiolo, assistimos filmes, e meu pai e eu fizemos a dona Luiza reassistir la casa de papel, meu pai era completamente fascinado pela inteligência do professor e bom eu adorava o conteúdo.

Denver e Rio era o conteúdo.

Minha mãe precisou ir até a escola onde ela agora trabalha como coordenadora para uma reunião com os pais e professores dos alunos, provavelmente não demoraria muito pra voltar, meu pai tinha ido pra loja mas tenho a impressão de que ouvi o carro dele entrar na garagem de casa, não tenho como ter certeza por que não saí do quarto depois de limpar a casa e vir tomar banho, mas logo a certeza aparece quando ele bate na porta do quarto e abre depois que eu autorizo.

— Tá ocupada? — vejo o meu pai colocar a cabeça pra dentro do quarto.

— Não — desvio a atenção do celular imediatamente e olho pra ele — Precisando de mim?

— Sim, me ajuda com uma coisa lá na loja?

— Claro — levantei da cama, calcei minhas havaianas e segui ele.

Ele pega a chave e caminha até o carro, entro dentro no veículo e ele o tira da garagem, andamos poucos minutos e logo ele parou em frente a sorveteria em que me trazia quando eu era mais nova, sorrio logo que vejo a fachada e volto meu olhar pro senhor ao meu lado.

— Vamos? — ele pergunta, sorrio e concordo, abro a porta esperando que ele dê a volta no carro.

Entramos juntos e eu vou cumprimentar a Natiele, dona daqui.

— Meu Deus, que mulherão que você está — ela diz e eu sorrio sem graça.

— Obrigada Nati, como você tá?

— Tô bem menina.

— E a Camille como está? — pergunto sobre a filha dela.

— Tá me dando muito trabalho — sorrio do jeito dela falar — Por que ninguém me avisou que ter filho dava tanto trabalho? — passa a mão no rosto — Ainda mais quando vira adolescente, senhor me dê paciência.

Bati mais um papo com ela enquanto meu pai estava sentado na mesa resolvendo alguma coisa a respeito das peças que ele tinha encomendado para um cliente.

Natiele me entregou a barca de açaí que preparava antes, agradeci e caminhei até a mesa.

— O senhor jura que não consegue comer uma dessas sozinho, é tão pequena.

— Tenho que comer pouco pra manter a boa forma, esqueceu que eu sou fitness princesa? — passa a mão pela barriga avantajada, com ironia me fazendo rir — Mas na verdade, o pai queria mesmo era saber o que tá acontecendo com você.

— Não tem nada acontecendo — ele sabe, ele sempre sabe como eu me sinto, quando eu era mais nova antes mesmo de eu perceber alguma coisa ele já tinha percebido, temos uma ligação única.

— Conta pro papai filha, você sabe que pode contar tudo pra mim.

— Sabia que tudo isso não seria de graça né seu Mário — semicerro os olhos olhando pra ele enquanto levo uma boa colherada até a boca.

— Você sabe que eu te conheço né — olhava atenta pra ele mas logo depois desço minha vista e concordo balançando a cabeça em um gesto delicado — E você lembra qual era o nosso trato pra vir aqui não lembra?

Válvula de escape - [M].Onde histórias criam vida. Descubra agora