Alicia Medeiros ✨
De volta para onde as meninas estavam me encostei no mesmo lugar de antes, Pedrinho não estava mais lá, mas todos os outros quatro permaneciam conversando e rindo. Não conseguia parar de repassar na minha cabeça o que tinha acabado de acontecer.
Não sei o que tá acontecendo comigo, as vezes acho que eu estou enlouquecendo e procurando problema pra minha vida, nunca fui o tipo de garota que se agarra com homens em banheiros e que faz o que eu acabei de fazer, na verdade minha vida sempre foi bastante parada se tive dois namoricos mais sérios é muito, sempre fui a certinha da família e agora tô aqui beijando o chefe de uma das principais favelas do Rio de Janeiro, traficante procurado.
Eu só posso estar ficando maluca, com toda certeza do mundo eu estou.
Ou pela primeira vez na vida esteja fazendo o que eu realmente tenho vontade.
Observo ele passar na minha frente a caminho do lugar onde estava antes de ir atrás de mim no banheiro, mas antes para no bar e pede alguma coisa, o garçom entrega um copo cheio e nesse meio tempo ele me olha uma, duas, três vezes com um sorriso descarado estampado na face, eu contei por que simplesmente não conseguia desviar os olhos dele.
Ao mesmo tempo que apreciava o sorriso maravilhoso, sentia meu rosto queimar de vergonha, me pergunto o por que saí daquele jeito de lá e penso o que aconteceria se eu tivesse continuado com ele dentro daquele banheiro.
Alicia, cala a boca você fez certo em sair de lá.
— Alicia... Alicia... Alicia mano, tá surda? — ouvi a voz da Steffany ecoar na minha cabeça ficando cada vez mais alto na minha cabeça me tirando totalmente dos meus pensamentos sórdidos.
— Ah, oi — pisco meus olhos repetidas vezes e giro a cabeça na direção dela — Desculpa, o que foi amiga?
— Tu tá bem garota? Parece que tava em outro mundo.
— Tô bem sim — sorrio tentando me concentrar na garota parada a minha frente.
— Vou embora, não tô me sentindo bem — ela franze o cenho e fecha os olhos — Você vem?
— Oque você tem? Tá sentindo o que? — pergunto preocupada.
— Calma, tô bem só um pouco enjoada.
— Tem certeza?
— Tenho sim — ela sorri sem vontade e se apoia no Thiago quando ele se aproxima mais — Você vem?
— Claro né Steffany — respondo o óbvio, não ficaria aqui sozinha e muito menos depois de ela me falar que não estava passando bem.
— Então vamos.
— E a Marcela?
— Vai com o Santos.
— Então vamos.
O TH passou o braço pela sua cintura e ela segurou na minha mão, saí sem olhar pra ninguém preocupada com ela. Depois de atravessar o mar de pessoas que estavam dentro daquela quadra Thiago pediu pra que a gente esperasse ele que voltaria com o carro.
— Que cara é essa magrela? — a voz rouca entre nos meus ouvidos e me assusta na mesma intensidade que me deixa extasiada.
— Tô mal Deco — ela faz a melhor cara de sofrida que eu já vi na vida — Tô muito mal, acho até que vou morrer.
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Válvula de escape - [M].
FanfictionNão importa bem a definição, Por que vale mais o sentido, Daquilo que te ajuda a manter a lucidez, Parar não ficar por ai perdida, E cometer bobagens e estupidez, Para aguentar a rotina, Equilibrando corpo e mente, Que faça enxergar os detalhes...