Capítulo 40

950 77 19
                                    

Caio Coimbra ⚡


— Essa porra tá uma bagunça — resmungo vendo aquele monte de papel na minha mesa. 

— Foi o teu braço direito que fez essa palhaçada aí — Santos fala sentado na cadeira a minha frente. 

— Aquele filho de uma puta — xingo mesmo, tinha ódio de quando o TH ia resolver as parada e não arrumava os bagulho do jeito que tinha que ficar.

— Pô, respeita a Dona Marília chefe — o outro fala — Mó dona daora. 

— Caralho, eu juro que vou matar o TH — nem dou moral pra ele — Cadê a porra das anotações das entradas das vendas desse mês?

— Ih mano, esse aí eu vi ele falando que tava com ele — fala enquanto começa a bolar um — Tinha que colocar mais algumas paradas.

— Preciso disso pra ontem e esse filho da puta fica andando com o bagulho pra cima e pra baixo — pego o celular, procuro o número desse otário e já vou ligando — Cadê a porra das anotações com as entradas das vendas desse mês? — falo assim que ele atende.

Ih porra, tá aqui comigo — responde do outro lado da linha — Esqueci de deixar aí pô.

Então vem trazer essa porra logo.

Pô tô na minha preta, quando eu tiver saindo daqui dou um pulo na tua goma e te entrego.

Só amanhã né pau no cu.

Provavelmente — sorri alto.

Tô indo buscar essa porra agora — levanto puto e cato a chave do carro em cima da mesa.

O que esse moleque tinha de eficiente no serviço, tinha de esquecido, odeio deixar as coisas pra depois, odeio deixar minhas parada bagunçada, odeio e ele sabe disso.

— Bença tia? — abraço a dona Silvia e beijo o topo da sua cabeça.

— Deus te proteja meu filho — me abraça forte, sou amarradão nessa velha.

— Oi meu gato — TH fala com aquela cara de viado sonso.

— Oi o caralho — falo puto e recebo uma encarada da dona da casa — Cadê as anotações? — mudo o papo.

— Tá lá no carro, vou buscar espera... — ele se levanta pra ir mas a atenção é voltada pra Steffany quando desce as escadas.

— Eu não sei mais o que fazer — passa a mão na testa — Ela não quer comer mãe — entrega um prato pra mãe — Eu já tentei de tudo mas ela se nega a comer.

— Ela precisa comer filha, já pensou se a pressão dela abaixa e ela desmaia de novo — observo a conversa — Ela tem que comer alguma coisa.

— Alicia é cabeça dura demais — a menção do nome toma minha atenção — Eu sei que ela tá mal com tudo isso mas ela não pode ficar assim.

— O que tá rolando? — não consigo segurar a língua na boca e vou logo me intrometendo.

— Aí cara eu não sei mais o que fazer — Steffany fala depois de sentar no sofá a cara de preocupada era nítida.

— O que tá pegando Steffany? — pergunto de novo — Foi com o pai dela? O que aconteceu com ele?

Não tive tempo pra pergunta pra Steffany notícias sobre o pai da garota e ela não me mandou nenhuma mensagem, por isso deduzi que tinha sido algo banal.

Mas quando a Steffany me falou todo o rolo confesso que senti um bagulho estranho, já vi ela falar do pai e o jeito que ela se referia ao velho era uma das coisas mais bonitas que eu já tinha visto.

Válvula de escape - [M].Onde histórias criam vida. Descubra agora