Caio Coimbra (Deco) ⚡
Olho o celular e vejo o nome do Dado na barra de notificação, abro a conversa com o velho pra saber o que ele queria mesmo sabendo que tinha marcado com ele mais cedo e que era sobre isso. Na real queria mesmo era que ele cancelasse essa porra e me deixasse descansar, passei a porra do meu dia resolvendo as merdas que esses funcionários fazem nos meus negócio e só de pensar em atravessar a cidade inteira pra ir até o Complexo Da Maré me deixa irritado.
— Fala Decão — a voz dele começa a sair pelo auto falante do celular assim que aperto o play do áudio — Preciso de tu aqui as oito hein, surgiu um assunto que vai te interessar e precisa ser resolvido, não vai ramelar hein parceiro tô no teu aguardo — porra, achei que ia me dispensar mas tá e me pressionando pra aparecer lá.
— Qual foi irmão, já pisei na bola contigo alguma vez, porra? Vou aparecer ai, te dei minha palavra de sujeito homem que iria e eu vou porra — solto o microfone do áudio enviando a mensagem.
Olho a hora na tela do celular e noto que já passava das seis, felizmente já tinha feito tudo que precisava fazer, tava tudo no seu devido lugar, todas as drogas foram distribuídas, as cargas estão sendo vendidas e agora era partir pra casa, tomar um banho e ir ver o que o velho tanto queria resolver.
— Chefe — Pedrinho abre a porta e caminha pra dentro da minha sala com uma mochila em mãos — Tá aqui as coisas da garota que tu mandou buscar — coloca na cadeira.
— Pegou tudo?
— Tudo que eu encontrei naquele cubículo que achei que fosse dela eu trouxe — responde.
— Beleza, vou dar um jeito de mandarem entregar — ele concorda e vai saindo — E o tio dela? — pergunto.
— Raul fez do jeito que tu mandou, uma hora dessas deve tá com a boca cheia de formiga — concordo — Mas todo sofrimento pra um filho da puta daqueles é pouco, bagulho louco essas pessoas que fazem esse tipo de coisa com os outros né — para de falar pensativo — Ainda mais com família garotinha mó bonitinho, toda fofinha, parece até um gnomo.
— Ih qual foi Pedro, abre o olho hein — já corto logo — Garota só tem dezesseis.
— Tá maluco Deco, falei sem maldade pô.
— Acho bom, parada feia pra caralho esses mano com trinta anos pegando as ninfa de quatorze.
— Porra Deco — faz uma cara de ofendido — Eu também nem tenho tudo isso pô, tô só com vinte e cinco.
— Mermo assim, vai caçar umas mulher da tua idade — nego — Garota é uma criança ainda.
— Irmão mas eu nem falei nada.
— E é melhor não falar mesmo.
— Vou meter o pé, tu tá criando coisa onde não tem — nega com a cabeça — Tá ficando problemático hein truta — bate a porta e sai.
Eu também não demoro muito pra ir na direção da minha goma, já chego lá e jogo a mochila de roupa da garota dentro do carro, vou passar na Steffany e deixar lá pra ela entregar pra amiga. Subo pro quarto e já vou logo me livrando das peças de roupa que tava usando e entrando debaixo do chuveiro.
Tomo um banho rapidão e saio enrolado na toalha, entro no closet procurando por alguma peças, visto uma calça, a camiseta com o jacaré destacando no peito, jogo o meu relógio preferido no braço e pego uns cordão que tinha tempo que não usava, calço meu tênis e quando vejo a hora percebo que estava ficando atrasado.
E se tem uma coisa que eu odeio, essa coisa é me atrasar para os meus compromissos.
Pego a chave da evoque e saio de casa de novo, levo mais ou menos umas meia hora até chegar lá.
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Válvula de escape - [M].
FanfictionNão importa bem a definição, Por que vale mais o sentido, Daquilo que te ajuda a manter a lucidez, Parar não ficar por ai perdida, E cometer bobagens e estupidez, Para aguentar a rotina, Equilibrando corpo e mente, Que faça enxergar os detalhes...