Meu Diabo Favorito

Capitulo 49

— Sou — ele jogou a toalha molhada na minha cara.
— Que nojo — me livrei rápido dela.
— Você não disse isso na noite passada — ele se debruçou para ficar cara a cara comigo — Ah me lembrei, sua boca estava ocupada.
— SAII — empurrei aquela cara feia e molhada para bem longe.
— Garotinha patética.
— Sou, mas você também é patético — me lembrei. ME LEMBREI DO QUE A BETY DISSE.
— Eu não.
— Pensando bem, você é incrível — me levantei e fiquei atrás dele, caramba, sou mesmo baixinha. Em seguida passei as mãos em sua barriga — você é um grande fodedor, não é mesmo? Você sabe muito bem o que está fazendo na hora H. Parece até um profissional.

— Que bom que está começando a entender as coisas, Kaila. Agora saia de trás de mim e afasta suas mãozinhas da minha barriga. Não deixei você me tocar.
— Ah desculpa mestre, mas eu não consigo resistir a um homem tão prazeroso como você, acho que fiquei até molhada só de toca-lo. Deus dos movimentos sexuais — comecei a rir.
— Pode parar — ele se virou e segurou a minha cabeça — o que você está tramando Kaila?
— Eu nada, só estou exaltando o rei do sexo super experiente. O COMEDOR.
— Eu não estou gostando nada desse seu deboche — ele apertou a minha cabeça enquanto eu ria cada vez mais alto e tentava me livrar das suas mãos.

— Você não passava de um VIRJÃO até ontem a noite. Todo aquele papo de que possuía todas as mulheres que queria — continuei rindo — tudo mentira. Era só pra me impressionar, fica falando que meus peitos são de goiaba mas esses foram os únicos peitos que você viu em toda a vida — gargalhei enquanto a alegria percorria todo o meu corpo — aposto que se apaixonou na goiabada, VIRJÃO.
— Não sei do que está falando. Deve ter batido a cabeça ontem. Se é que entende — ele entrou na defensiva.
— Ah pode ir parando com as piadinhas sobre ontem a noite. Você devia me agradecer por desvirginar você.
— Não vai conseguir me irritar, garotinha patética — ele se jogou no sofá descontraído.
— Agora sei por que você sempre me olhava como um cachorrinho no cio — me sentei ao lado dele, puxei os pés pra cima do sofá e fiquei encarando-o.

— Sabe mesmo? — ele me olhou nos olhos enquanto sorria. Droga, não estou conseguindo irrita-lo.
— Sei, é porque você estava com as bolas inchadas de tanto me esperar por todos esses anos. Dizem que o saco de um homem vira um balão se ele ficar muito tempo sem transar. A julgar por todo esse tempo, o seu saco devia estar do tamanho de uma foca — voltei a rir enquanto ele apenas me observava.
— O seu senso de humor me assusta — foi apenas o que ele disse antes de voltar a se levantar — você vem? — Lúcifer estendeu a mão.
— O que deu em você? Não vai ficar putinho de raiva? Não vai me ameaçar ou cuspir fogo?
— Por que eu faria isso? — o diabo estava calmo, calmo até demais pro meu gosto.

— Além de descobrir que você era virgem, estou jogando isso na sua cara. Podia pelo menos se defender — segurei a sua mão e ambos ficamos de pé um na frente do outro.
— Seguidores do projeto fênix são proibidos de manter qualquer contato com o sexo oposto. Eles dizem que relações nos fazem fracos e nos deixam vulneráveis a sentimentos. Então sim, você foi a primeira garota que eu toquei. Satisfeita? Mas já que quer tanto que eu me defenda, vou me defender.
— Ah vai é?
— Vou. Eu não transei com ninguém pois isso era contra as regras. Mas você não transou com ninguém pelo fato de que ninguém te queria.
— Seu cu — cruzei os braços enquanto um sorriso idiota brotava no rosto do tinhoso.

— Agora estamos quites. Eu não quis ninguém e ninguém te quis.
— SEU CU, SEU CU, SEU CU — o cutuquei — pra sua sabedoria existiam vários homens afim de mim.
— Os mendigos não contam.
— O seu filho da puta eu não morava na rua não — agora ele está me tirando do sério.
— Sei que não morava, vocês dividiam o mesmo papelão — ele começou a rir e essa foi a gota d’água. Tentei soca-lo mas ele me segurou — o que foi? Por que está tão irritada? Foi você quem começou, lembra? — pior que ele tinha razão.
— Me solte.

— Não — ele girou o meu corpo e me abraçou por trás, prendendo os meus braços rente ao corpo. Fugir dali estava fora de cogitação — só vou te soltar quando ficar calma. Pezinhos gordos.
— Mais uma de suas desculpas pra poder ficar encostando em mim — fiz força para fugir mas a única coisa que consegui foi balançar os pés no ar.
— Pra sua sabedoria eu nem gosto de goiabada, Kaila. Então não, eu não gosto dos seus peitinhos de goiaba.