Troca de olhares

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Oii meus amores! Tudo bem com vocês? Espero que curtam o sexto capítulo de
"My dream come true".
Não esqueçam de deixar seu voto!
Vamos lá💌
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Dallas, Texas🌍
9:25 am⏰
Lis Evans:

Como uma música tão perfeita pode se tornar enjoativa em questões de segundos quando você é obrigada a repetir mais de 5 vezes.
- Mais uma vez Elisabeth! - ordena o professor Mark.
No primeiro ano até pensei na possibilidade dele ser suportável, mas hoje em dia, ele consegue me infernizar em uma das minhas aulas favoritas, instrumentos.
- Argh! - profere, praticamente me empurrando da cadeira em frente ao piano.
- Está errando notas tão básicas, esperava mais de você. - insulta, demonstrando o correto.
Minha língua praticamente coça para dar uma baita resposta nele, mas para sua sorte, o sinal toca, avisando o "intervalo".
- Pratique mais! - grita, recolhendo os papéis em sua mesa.
Parece até maldição, temos apenas 5 alunos em sua aula, inicialmente eram mais de 30, até Cloe estava, mas, não os julgo por desistirem, esse cara é insuportável.
Opto por não comer nada, depois dessa tortura, até perdi a fome.
Pego apenas um suco de laranja e me sento no banco onde Cloe e eu costumamos ficar.
Passo os olhos pelo celular, procurando algo interessante, ou até mesmo algum joguinho para distrair e esperar minha amiga.
Bufo após ter minha missão fracassada. Tem alguns e-mails da faculdade e umas notificações bestas do Instagram, mas nada realmente atrativo.
Batuco os dedos na superfície redonda em minha frente, realmente confirmando as palavras grossas do professor. Ele tinha verdade, estava totalmente distraída, e apesar de ser extremamente chato, foi sincero.
- Estou perdendo a cabeça de vez? Não tenho mais competência nem para tocar? - choramingo mentalmente.
Por que eu estava assim? Sempre fui tão boa no que faço, e de repente tenho um grande fracasso em algo tão fácil.
Encaro um ponto qualquer na parede do outro lado do refeitório, e me pergunto se deveria ligar para Cloe. O tempo estava passando e nada dela chegar.
Estranhamente sinto um olhar sobre mim, o que me causa sérios arrepios, olho para a grande multidão de alunos, todos sentados junto com seus grupinhos, falando sobre provas, trabalhos, namoro, festas ou bebidas, mas o que ambos tinham em comum, era que estavam distraídos, então de onde vinha esse olhar?
Respiro fundo, decidida a levantar, e quando quase faço, encontro o par de olhos verdes, que se fixavam totalmente em mim...
Meus batimentos aceleram, e noto, era ele novamente.
Perdida nos olhos idênticos a esmeraldas, sinto um tocar em meus ombros, ato responsável por meu possível infarto.
- Calma, sou só eu. - diz Cloe, um pouco abatida.
- Quer me matar? - boto a mão em meu peito, que batia 300 por hora.
Ela não responde, apenas se senta.
- O que foi? - pego suas mãos, preocupada.
- Problemas com meu pai. - escora a cabeça na mesa.
- O que ele fez agora? - ergo as sobrancelhas, lembrando do inferno que minha amiga passava com o pai.
Nisso ambas temos igual, uma péssima relação com o pai.
- Depois te conto, já comeu? - pergunta, mas minha atenção está em seus olhos caramelos, totalmente inchados.
- Você e a tia Olívia podem dar a mão, parecem fiscais da minha alimentação. - tento gerar um humor.
- Vamos almoçar juntas hoje. - repara em minha mesa, avistando apenas o copo de suco. - E eu juro que se você não comer nada, vou enfiar a comida na sua boca.
- Deveria me preocupar com tal gesto de agressão? - sorrio e a mesma concorda, se levantando.
- Provavelmente.
Gargalhamos, e eu a abraço.
- Conta sempre comigo, tá? - digo e ela concorda.
Quando nos separamos, Cloe sorri de forma atentada.
- O que foi? - indago, sem compreender.
- Acho que tivemos telespectadores. - joga o seu olhar para uma mesa distante.
E lá estavam eles, Luka e Lorenzo.
Dou um tapinha nela, me sentido corar.
Mas, uma coisa me atiça, por que seus olhos permaneciam nos meus?

Continua...

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