Como na primeira vez

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Oii meus amores! Tudo bem com vocês? Espero que curtam o quinquagésimo nono capítulo de " My dream come true".
Não esqueçam de deixar seu voto!
Vamos lá💌

Dallas, Texas🌍
9:30 am ⏰
Lis Evans:

Assim que saio da sala para o intervalo encontro Cloe, que me esperava com uma cara tão alegre (contém ironia)
- Morreu é? - pergunto.
- Tô quase. - murmura, realmente parecia que sua alma havia sumido.
- O que aconteceu dessa vez? - espero seu momento de drama.
- A faculdade aconteceu na minha vida! É uma prova do inferno! - gesticula exageradamente com as mãos.
- Só isso? - sua reação após minha fala foi fatal.
- SÓ ISSO? - seus olhos chegam tremer. - Eu acordo 5:30 da manhã para ir pra academia, 7:00 eu tenho que tá na porta desse hospício para sair 12:00 e ter 10 minutos de almoço, por que logo depois eu tenho que dar atenção ao Lilo enquanto arrumo a casa, depois tomo um banho mais rápido que o Flash, começo a fazer os 3 mil trabalhos, e a noite eu vou pro hospita--
Ela não termina, e eu sinto uma pontada de culpa. Cloe não tem obrigação nenhuma de ficar com mamãe. Talvez, se eu ficasse um pouco mais de tempo, e arrumasse as coisas mais rápido...
- Olha... - suspira, cansada. - Eu tô exausta, sim, estou, mas não tem exaustão nesse mundo que me faça desistir de cuidar da tia. - olha em meu olhos. - Por favor, não se sinta culpada, esse é o nosso dever, ok? - conclui, e eu apenas concordo.
Estaria mentido demais se falasse algo.
- Enfim, resolveu as coisas com o cabeça de abóbora? - andávamos lado a lado até a cafeteria.
- Ainda não... - respondo.
Na verdade, eu não sabia o que falar, por isso não conversei com ele ainda.
- Meu Deus, o mundo acaba e vocês ainda tão nesse enrola enrola. - ironiza.
Paramos na bancada e fizemos nosso pedido. Com a bandeja em mãos caminhamos até o caixa e pagamos.
- Esse salgado é a melhor coisa do mundo! - exclama, mordendo sua comida.
- Não tem como discordar. - brinco, olhando ao meu redor.
Meus olhos param em encontro com os dele e eu paraliso. Foram milésimos , mas capaz de fazer até o último osso do meu corpo tremer. Quando pisquei de volta ele já estava olhando para Lina enquanto comia.
- Isso tá melhor que novela mexicana! - provoca Cloe, mordiscando o canudo do suco.
Ignoro, e apenas sigo caminho até a mesa.
- Só de pensar que no próximo horário eu vou ter prova!! - ela puxa seu cabelo pela raiz.
Essa daí enloqueceu de vez.
- Horário vago! - mando beijos para a mesma indo para a sala de instrumento.
Escutei uns xigamentos até sua voz ser imperceptível.
Tocar, isso sim vai me ajudar, eu preciso "falar" o que estou sentindo.
Abro a porta de vidro e felizmente não tem ninguém. Me sinto a vontade o suficiente para pegar o primeiro violão e sentar no chão.
Hora da minha sessão de terapia...

Lorenzo Rossi:

Ando apressadamente até minha sala de aula. Estava no mínimo 10 minutos atrasado. Não era fácil ter uma irmã que esquece até a alma. Tive que rodar a escola toda atrás de Lina para devolver seu celular.
Meu coração acelera quando passo por AQUELA sala e como na primeira vez, tudo se repete.
- Lis... - meu peito chama por ela.
Ela estava sentada no chão, com o mesmo violão, tocando a mesma música e com seu cabelo perfeito em seu rosto.
- Meu Deus... - me escoro no umbral. - Como? - sinto meu coração desparado. - Como posso amá-la tanto assim? - reflito.
Quando penso em voltar a caminhar, escuto sua voz me chamar
- Ren?

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