Não seja bobinho, ruivinho

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Oii meus amores! Tudo bem com vocês? Espero que curtam o vigésimo capítulo de " My dream come true".
Não esqueçam de deixar seu voto!
Vamos lá💌

Dallas, Texas🌍
11:59am⏰
Lis Evans:

- Finalmente! - me espreguiço após sair da última aula. - Livre desse inferno.
Por incrível que pareça, a escola ainda estava bem cheia. O pessoal geralmente vaza assim que o sinal toca. Deve ser efeito do baile de inverno, que estava cada vez mais próximo. E eu ainda não tenho parceiro...
Às vezes invejo isso em Cloe, ela já recebeu mais de 25 pedidos, até um buquê de flores foi enviado até sua casa. Mas eu, sou insegura demais, não acho que sou boa o bastante pra alguns caras que me chamam. Por isso todo ano eu ia com o meu primo, o Henry, mas esse ano ele já não está aqui, sua formatura foi ano passado.
Isso é cansativo, mas tenho que me concentrar pra semana do "esquenta".
É basicamente uma semana onde todas as turmas de todas as matérias apresentam projetos. Eu fiquei com o pessoal de música, obviamente. Estamos preparando uma espécie de concerto junto com a turma dos instrumentos, no caso eu e mais duas pessoas. Mas muitos lá tem dons para tocar, apenas não suportaram o professor. Ainda não tenho uma posição definida, só que sendo sincera, prefiro tocar, às vezes me emociono demais enquanto canto então é melhor evitar.
Passo olhando para as diversas salas, até parar em frente uma que me chama atenção. Um sorriso brota em meu rosto, e sem pensar duas vezes, decido entrar.
Abro a porta delicadamente, andando na ponta dos pés, até prendi a respiração. Chego perto o suficiente e grito:
- Buuu!
Eu só não esperava que sua reação fosse essa.
Ren se virou tão rápido que nem vi direito, ele me jogou no chão, ficando "em cima" de mim com meus braços pressionados contra o peitoral.
Assim que nossos olhares se cruzam, ele se espanta.
Me assusto com sua reação, mas pelo visto, não mais que ele.
- Ai merda! - ele me solta, me erguendo. - Me desculpa my lady.
Caramba, que bipolaridade, sua expressão chegou ficar relaxada.
- Alguém te ameaçou ou está correndo risco de vida? - fico surpresa e ele não consegue evitar suas gargalhadas. - É sério seu palhaço! - bato em seu braço. - Isso tudo foi por causa de um susto?
- Talvez, geralmente é o Luka que costuma fazer isso. - coça a nuca envergonhado. - Me desculpa, é sério.
- Tudo bem, eu tenho uma parcela de culpa. - brinco descontraída.
É impressionante...
Como eu consigo agir de maneira tão descontraída com ele? Meu pavor pelo fato dele ser o garoto dos meus sonhos simplesmente desapareceu. Sua forma inocente e única de agir, o jeito como ele é respeitoso,  e o fato dele realmente se importar é incrível.
- O que foi? - pergunta sem graça e logo eu noto que eu estava o encarando descaradamente.
- Ai meu Deus. - tampo meu rosto. - M-me desculpa!
- Tá tudo bem my lady. - chega perto de mim se inclinando. - Eu sei que sou irresistível. - brinca, mas isso só me deixa mais envergonhada.
- Q-que? Eu só estava pensando que - o peteleco que ele deu em minha cabeça foi estranho, mas me impediu de continuar falando impulsionamente.
- Posso te contar um coisa? - indaga e eu só confirmo. Nada poderia piorar minha situação constrangedora mesmo. - Eu amo quando você me encara. - confessa.
Eu estava errada, TUDO PIOROU MINHA SITUAÇÃO CONSTRANGEDORA.
- Para de falar, é sério. - destampo meus olhos, e ele só sorri com a cabeça um pouco inclinada.
- Certo! - estende a mão, bagunçando o topo da minha cabeça.
- O que você tá fazendo aqui até uma hora dessa? - ele começa a se mover, guardando suas coisas, mas antes, Ren tampa um quadro.
- Eu estava indo embora, mas eu te vi, e bom, agora eu estou nessa situação. - explico, e seu sorriso fica cada vez maior.
- Viu, eu disse, sou irresistível, não sei como você aguentou quando eu estava suspenso! - se gaba, e por um momento quase o estrangulo por ser tão convencido.
- Vai sonhando, eu pensei que talvez te assustar lhe causasse um infarto cardíaco, ai felizmente ficaria sem te ver pelo resto do semestre. - cruzo os braços, balançando a cabeça positivamente quando ele me olha indignado.
- Talvez eu tenho que aprimorar minhas técnicas de luta, até tentativa de assassinato quase sofri hoje. - põe a não no peito, agindo dramaticamente.
- É, eu também acho, sabia que quando eu era pequena, derrubei um garoto de 12 anos com uma só mordida. - mostro meus dotes que lhe geram espantos exagerados.
- Ô Deus, tenha piedade de mim, e que minha lady não me morda, sou frágil demais para isso. - o ator da globe quase se tacou no chão.
- Tá bom, chega por hoje, se não vou morrer de tanto ri. - arrego, e ele comemora.
Andamos até a saída juntos, mas no final ele pergunta intrigado:
- Aquela história do garoto não é verdade né my lady?
- Talvez seja. - saio andando, mas escuto seu engolir seco.
Não seja bobinho, ruivinho.

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