Conversa necessária

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Oii meus amores! Tudo bem com vocês? Espero que curtam o quadragésimo nono capítulo de " My dream come true".
Não esqueçam de deixar seu voto!
Vamos lá💌

Dallas, Texas🌍
18:30 pm ⏰
Lis Evans:

Ela estava acordada, chamando por mim, foi o que me falaram. Desde que saí do escritório, senti como se minha vida toda fosse uma mentira. A quanto tempo ela esconde isso? Por que ela escondeu isso? O quão grave é a situação? Entre mais 1000 perguntas.
Eu precisava ir, eu sei que sim, mas não tinha coragem. O medo continua possuindo todo o meu ser, e dessa vez não quero enfrentá-lo pois sei que a verdade vai doer muito e sinceramente não sei se aguento mais dor.
Cloe e Tia Olívia voltaram para casa e daqui a pouco uma delas voltaria para ficar com minha mãe a noite. Eu estava sozinha, e nesse momento notei, eu fico paralisada sozinha. Sempre tive alguém me apoiando, me aconselhando, pessoas eram contratadas para isso, mas agora que preciso enfrentar sozinha, eu não sei o que fazer e isso me deixa apavorada e desolada ao mesmo tempo. Todos esses anos eu fui puramente dependente de alguém para me manter firme na linha, eu mesma nunca nem sequer sabia que precisava ser mantida na linha.
4 segundos inspirando, 4 segundos expirando. Preciso ser essa pessoa agora, não posso mais depender dos outros. Agora eu mesma devo tomar uma atitude.
Me ergo, enfrentando todas as barreiras, medos, e possíveis crises que poderia ter. Mamãe e nem essa doença são um bicho de 7 cabeças ao qual devo temer, ao contrário, devo enfrentar o problema e procurar uma solução.
Giro a maçaneta de seu quarto, sendo recebida pelo ar gelado do ar condicionado. Seus olhos azuis se focam em mim, e um pequeno sorriso se forma em seus lábios.
- Obrigada. - sussurou.
Tomo uma cadeira, me sentando ao lado da cama onde estava deitada.
- Poupe suas palavras mãe, eu quero a verdade, toda a verdade. - a postura reta e rosto sem emoção lhe causaram apreensão.
- Foram 7 anos. - começa.
- 7 anos? - pressiono os olhos, isso é sério?
- Eu tomava remédios e funcionava, tanto que segui mimha rotina de trabalho normalmente, não me afetava em nada. Mas de um ano para cá, comecei a ter crises repentinas e muito fortes, a dor era insuportável e me sentia a beira da morte. O médico disse que isso foi desencadeado pelo estresse do dia a dia. Eu estava oficialmente colapsando. - Melanie não conseguia me encarar, estava envergonhada demais para isso.
Fico calada, ela sabe a resposta que quero obter.
- Eu não te contei por que não queria te preocupar, Lis. - solta e isso foi demais.
Me ergo, apertando tão forte meu coro cabeludo que senti que iria ser arrancado.
- ME PREOCUPAR? - a fúria era notável em meus olhos. - EU PODERIA TER CUIDADO DE VOCÊ, EU IRIA TE MOSTRAR O QUE EU QUERIA TER NOS MEUS 20 ANOS DE VIDA. - aponto para o seu rosto. - Eu iria ser diferente, pois eu sei o quão ruim é não ser cuidada quando mais precisava. - complemento. - Mas não, a senhora sempre teve que focar na merda daquele trabalho, e olha onde estamos agora. VOCÊ ESTÁ COLAPSANDO EM UMA CAMA DE HOSPITAL POR QUE VOCÊ É OBCECADA POR TRABALHO. - o choro era inevitável, era uma mistura de sentimentos, mas o que prevaleceu foi o ódio. - VOCÊ SABIA E MESMO ASSIM NÃO SE CUIDOU DIREITO. - minha vontade era de destruir tudo a minha volta.
- Eu não sabia que isso poderia acontecer... - afirma, em relação a piora. - Eu tentei me cuidar, tentei não ser egoísta o suficiente para te envolver. - sua explicação só meu irrita mais.
- Egoísmo? Acho que deveria chamar de orgulho. - minhas pernas começam a falhar. - Orgulhosa demais para assumir que precisava de alguém, e agora por conta da porcaria do seu egoísmo eu posso te perder. Eu odeio tanto você mãe. Eu odeio você por ter feito me passar por tudo isso. Eu odeio você por me fazer pensar na possibilidade de te perder. Eu odeio o fato de que mesmo você me ignorando durante toda a sua vida eu ainda me preocupo. E eu odeio ainda mais amar você, por que você não merece meu amor!

My dream come true!Onde histórias criam vida. Descubra agora