A sua espera

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Oii meus amores! Tudo bem com vocês? Espero que curtam o quadragésimo terceiro capítulo de " My dream come true".
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Vamos lá💌

Dallas, Texas 🌍
13:01 pm ⏰
Cloe Shepard:

Nunca me imaginei nesse cenário, e estou aqui graças a Eli. A estença porta de madeira estava em minha frente, e bastava tocar a campainha e viriam me atender, mas eu estou com muito medo para fazer isso.
"Encare o seu passado para viver o seu presente"
Foi isso que ouvi da Eli a semana toda. E por livre e espontânea pressão decidi enfrentar meu pai. Uma péssima escolha, eu tenho certeza disso, e é por isso mesmo que vou fazer.
Bastaram 2 minutos, e uma das diversas empregadas abriu a porta para mim.
- Senhora! - sua reação foi uma mistura de alegria com surpresa.
- Onde ele está? - indago diretamente.
- Escritório... - sussura, com a cabeça abaixada.
- Obrigada. - murmuro, subindo aquelas escadas tão familiares.
Passar pelo meu quarto certamente foi a parte mais dolorosa, saber que não poderia estar ali novamente foi destrutivo.
Dois toques, uma resposta.
- Entre. - a mesma voz de sempre, fria e calculista.
Um sorriso sarcástico se formou assim que viu meu rosto.
- Uma semana inteira, está de parabéns, sua revolta durou o suficiente para eu ter que remarcar a data do seu encontro. - já era de se esperar isso, ele realmente acha que eu vou voltar, implorando por perdão igual das outras vezes.
Mantenho a postura, e ando reto até sua mesa. Pego minha carteira da bolsa, e a jogo em sua frente. Aproveito, pegando a chave do meu carro e a pondo lá também.
- Todos os 4 cartões, incluindo o sem limite, a chave do meu carro também, a carteira foi um presente seu, então fica com o você também. - digo e ele se espanta.
- Eu não vou voltar Conrad, não mais. - informo, e noto que engole seco.
- Já lidei com seus blefes Cloe. - movimenta os ombros tensos. - Sei que não será capaz de abandonar tudo isso. - passa a mão por cada objeto que depositei em sua mesa.
- Meu quarto continua intacto, tudo lá foi você que me deu mesmo, não quero nada de lá. - me viro, estava mesmo tomando um rumo totalmente sem volta.
Minhas pernas pensam em fraquejar mas não permito.
- Cloe. - se ergue bruscamente. - O que pensa que está fazendo?
- Cancele o casamento ou então arranje outra marionete para os seus planos. Quanto a herança e a empresa, dê ao seu vice-presidente, acho mais que justo. - não tenho coragem de me virar.
- Eu te dou tudo que você quiser, mas não ouse fazer isso. - babulcia, andando até mim.
- A única coisa que eu quero, eu sei que você nunca vai poder me dar pai. - respiro fundo. - Eu já tomei minha decisão. - tento sair do local, mas ele me puxa.
- Cloe, por favor, repense. - pede, e sinto suas mãos trêmulas.
- Eu pensei, repensei, e sempre cheguei a mesma conclusão... - impeso o choro. - Eu quero liberdade.
O clima estava tenso e sinto que a algum momento, algum de nós dois iria se estilhaçar.
- Por favor, não faz isso. O cara, e-ele é um bom homem, rico, bonito, inteligente, você vai o adorar. Posso dobrar sua mesada, e-e... - o interrompo com o puxão que dou para soltar meu braço.
- É TÃO DIFÍCIL ASSIM PARA VOCÊ ENTENDER. - o empurro para longe. - A ÚNICA COISA QUE EU QUERO... - me agarro em algo. - é amor, pai.
Ele estava pasmo, branco igual um fantasma. Avisto algo atrás dele que me chama atenção.
- Eu vou levar isso. - aponto para a correntinha da minha mãe jogada em uma cômoda. - Só isso. - dou um passo a frente e ele desmorona.
- P-por favor, não. - ele tremia tanto. - Eu estava te esperando, estava a sua espera, queria fazer as pazes. Vai ser diferente, me dê uma chance, dê uma chance ao rapaz.
- Eu sinto muito. - toco na maçaneta. - Seja feliz pai, espero que encontre outra marionete...
Saio o mais rápido o possível, o oxigênio estava mais escasso, e eu sei que colapsaria se não saísse logo.
- VOCÊ NÃO É MAIS MINHA FILHA SE CRUZAR ESSA PORTA. - aparece na escada, de joelhos. - Se você sair, vai se tornar uma estranha para mim, Cloe Shepard. - chantageia.
- Você não foi o melhor pai que alguém poderia ter sabe... - abro a porta. - Mas eu te amei mesmo assim, adeus pai. - avanço, abandonando o meu lar de 21 anos.

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