My dream come true!

Reencontro não tão esperado

Oii meus amores! Tudo bem com vocês? Espero que curtam o sexagésimo primeiro capítulo de " My dream come true".
Não esqueçam de deixar seu voto!
Vamos lá💌

Dallas, Texas🌎
18:00 pm
Cloe Shepard:

Nunca tinha notado para pensar o quão grande eram as finanças da minha casa enquanto vivia com papai, afinal nunca precisei calcular isso, mas agora é um pouco diferente...
- 3 refis de spray pro banheiro custam 15 DÓLARES? - me surpreendo. - Aquele cheirinho encantador era na verdade uma facada pelas costas.
Rolo um pouco mais a tela do tablet.
- O salame aumento de novo? Mas que ditadura é essa? - me pergunto.
- UM SABONETE 18 DÓLARES? - me exalto e as pessoas na cafeteria julgam até minha alma.
- Meu Deus... - derreto na cadeira de vergonha.
- Eu preciso de terapia, isso sim, até a caixola da Lis tá melhor que a minha.
Arrastar aquela nota fiscal do supermercado foi doloroso, mas agora, o do petshop foi um absurdo.
- Lilo, seu gato mimado. - reflito que jamais pararia de dar do bom e do melhor pro meu filhote.
- É isso, vou ter que correr atrás de um emprego. - suspiro. - De novo...
Antes de comprar um apartamento e começar toda essa loucura, Lis e eu íamos trabalhar numa floricultura/cafeteria, mas tudo desandou no mesmo dia, quando descobrimos a doença da tia. Ficou tudo uma bagunça, no final recebemos um grande xingo por não comparecer no nosso primeiro dia nem na entrevista oficial.
Quem sabe se eu for muito cara de pau e voltar lá como alguém que não quer nada? É uma possibilidade né, o "não" sempre vem acompanhado como minha linda ilusão de que tudo vai dar certo.
- Bom pelo menos eu consegui pagar tudo, mas não tenho dinheiro nem para uma bala. - me chateio, mas relevo.
Olho meu celular, Lis me mandou centenas de mensagens. Só li as mais eufóricas. Onde ela falava que teve uma conversa incrível com o Ren e que depois ela me contava detalhes, do seu perrengue no uber para chegar até a casa da psicóloga e que hoje tia Olívia ficaria a noite no hospital.
- Ok, são boas notícias pelo menos. - reflito.
Lis e Ren finalmente se desenrolando e eu aqui, a mais velha mergulhando no poço da solteirice. Meu Deus, alguém dá um tapa na cara da Cloe de 15 anos que jurava que com 21 já ia ser casada, por que ela me iludiu atoa.
Pago minha conta no café, esperando o cappuccino pro caminho enquanto organizava minhas tralhas na bolsa.
- Aqui, senhora Cloe. - o atendente gatinho me entrega.
Esse é novidade, nunca tinha notado. Ele é uma gracinha, seria essa a oportunidade de desencanar?
- Ahh, obrigada. - retiro um pouco do meu cabelo do rosto, na tentativa de um flerte. - Eu sou Cloe e você...
- Sou Kim, é um prazer enorme. - seu sorriso de orelha a orelha era gigante.
- Espero te encontrar mais vezes Kim. - sussuro, seguindo meu caminho.
Antes de atrevessar a porta ouso virar para acenar, mas nem tive a chance, alguém tromba em mim derrubando o líquido quente em cima da minha camisa.
- Merda, merda, merda. - sopro minha camisa, que para piorar era branca.
- Eu finalmente te achei... - a voz, não, não, não, essa voz não. - princesa.
Ergo minha cabeça rezando para não ser o...
Luka!
- Cloe. - Kim corre com uma toalha até mim. - Está tudo bem? - ele me pergunta com seu sotaque fofo.
- Aham. - digo tentando não parecer tão desconpensada como eu realmente estava.
- Senhor, por favor preste atenção por onde anda. - ele adverte Luka, que falta o matar com o olhar.
- E por acaso quem é você para está encostando na minha garota com essas mãos imundas? - ele agarra com força o pulso de Kim.
- Luka Müller! - noto o que eu estava prestes a fazer e me controlo. - Solta ele, agora. - 3 palavras eram suficientes para ele me obedecer.
- Kim... - me ergo, ele parecia assustado, era só um garoto. - Muito obrigada, de verdade. - sorrio gentilmente. - E me desculpa por isso, juro que nos resolvemos direito da próxima vez, mas agora eu preciso ir. - pego minha bolsa indo embora do estabelecimento.
- É sério isso Shepard? - ele altera levemente a voz, enquanto me seguia.
Prossigo sem pesar algum, Luka é passado, passado fica no passado.
- Cloe. - agarra meu pulso. - Por favor. -sua voz estava mais grossa e atraente, mas isso e nada eram a mesma coisa no momento.
- Olha. - meu peito ainda batia forte e tragicamente me dedurava. - E-eu só vou falar uma vez. - me condeno por gaguejar. - Siga a sua vida, eu já segui a minha, ok? - sua expressão intacta, ele estava perfeito, mas que merda Cloe. - E não ouse encostar no Kim ou em qualquer outra pessoa, você não é nada meu e eu, NÃO SOU SUA. - enfatizo a última frase.
- Me dá uma chance, por favor, deixa eu explicar princesa, eu preciso explicar tudo que aconteceu nesses últimos meses. - seu olhar refletia dor e pelejava ao mesmo tempo. - Eu percorri todo esse oceano para voltar e ter a oportunidade de te explicar, por favor Cloe, não faça isso ser em vão. - suplica e eu me ergo.
Se enfrentei e resisti ao meu próprio pai, não vou amolecer aqui.
- Não deveria ter feito isso, deveria continuar onde quer que estava. Eu não quero olhar mais na sua cara Luka Müller, não me dê o desprazer de ter que repitir isso.