Psicóloga?

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Oii meus amores! Tudo bem com vocês? Espero que curtam o décimo capítulo de "My dream come true".
Não esqueçam de deixar seu voto!
Vamos lá💌

Dallas, Texas🌍
16:56pm⏰
Lis Evans:

O céu parece tão...vazio.
Meus olhos observavam a paisagem através daquela janela, mas diferente do normal, tudo parecia vazio, e triste. O lindo azul que normalmente predominava, havia se tornado cinza e solitário.
- Lis? - profere a mulher em minha frente.
Nesse momento, acordo dos meus pensamentos, direcionando minha atenção para ela.
- Então, tem alguma resposta? - indaga, examinando minhas expressões.
- Qual era a pergunta mesmo? - sorrio envergonhada, mas realmente não me lembrava.
- Você acha que um dia será capaz de superar seu passado? - Dra Anne parecia séria, em busca de uma resposta.
Sinto um peso em minha cabeça, isso foi realmente profundo.
Eu consigo superar meu passado? - pergunto a mim mesma.
- Talvez, daqui um tempo. - digo vaga, fugindo do seu contato visual.
- Lis, você precisa entender, que eu estou aqui para te ajudar, mas você também precisa se esforçar! - insiste.
- Você acha que eu não me esforço? - mordo meus lábios, apertando minha mão.
- Eu não disse isso, apenas quero que você se expresse melhor, e priorize mais você. - Anne parecia tão calma.
- Não é tão fácil. - rebato.
- Lis, eu sei que você passou por muita coisa, até demais, nada na sua vida foi fácil, um pai abusivo, uma mãe ausente, presenciar a morte de um ente querido, ter pesadelos terríveis e crises de pânico regularmente, você é muito forte por não ter desmoronado até agora. E agora, como sua psicóloga, me deixe te ajudar. Juntas podemos curar suas feridas. - me olha esperançosa.
- Machucados se curam, feridas apenas cicatrizam. - me levanto.
Dou um pequeno sorriso, e aponto para o relógio em sua mesa.
- Meu tempo acabou, até semana que vem!

18:01 pm
Lorenzo Rossi:

- Calabresa ou Portuguesa? - Luka pergunta, selecionando os sabores da nossa pizza.
- Calabresa. - respondo, e ele concorda.
- 50 minutos, até que não vai demorar muito. - ele se desmancha em cima do sofá, pegando o controle.
- Revanche? - ergue a sobrancelha, me olhando com uma expressão provocativa.
- Jogamos a tarde toda. - me levanto, pegando meu caderno de desenho. - Não tem nada mais produtivo pra fazer não?
- Você me chama pra vir aqui e aborta a missão pela metade. - rola os olhos, bufando.
- Às vezes você me lembra um bebê chorão. - retruco, escutando seu xingamento logo em seguida.
- Vocês parecem gato e rato. - Lina aparece, escorada na parede com um copo de água.
- E você intrometida. - solto, sem a observar.
- Aonde você vai? - assim que meu amigo diz isso, olho para minha irmã.
- Aonde você sonha que vai?
Suas roupas eram provocativas e bonitas, mas, o que raios ela pensa que vai fazer.
- Aproveitar meus 19 anos! - manda um beijo no ar, largando o copo na mesa e saindo.
- Quando essa pirralha virou isso? - pergunta supreso com sua atitude.
- Quando eu souber a resposta, te digo.
Eu sou o mais velho de 3 irmãos, depois de mim vem Lina, e depois Luna. Eu e Lina viemos na frente para não perdermos tanto tempo na faculdade. Mas daqui uns dias mamãe e minha neném Luna chegam.
Luna tem só 3 aninhos, e sinceramente, gostaria que ela tivesse essa idade para sempre, assim, ela não me daria tanto trabalho quanto Lina.
Digamos que desde o ano passado, quando mamãe anunciou seu divórcio com papai, Lina virou uma adolescente revoltada e até um pouco precoce. Eu me preocupo com ela, mas, não tenho espaço para a ajudar graças ao grande muro que ela construiu em torno de si mesma.
- Cor bonita... - Luka aponta para uma parte da folha onde eu desenhava.
- Pode apostar... - sorrio minimamente.
- Vai pintar seu quarto com ela? - indaga e eu afirmo.
Me pergunto se deveria, mas a curiosidade fala mais alto.
- Luka, qual o nome da amiga daquela garota que você tá apaixonado? - digo diretamente e ele praticamente vira um pimentão.
- A Cloe? - [...] - E-eu não gosto dela.
- Então por que pensou nela sendo que poderia ter sido qualquer outra pessoa? - mordo a ponta do lápis observando ele pirar.
- O-o quê? Ah vai te catar Ren. - encobre seu rosto com uma almofada.
- Mas então, qual é? - digo novamente, e o vejo descobrir a face aos poucos.
- Elisabeth, ou, Eli. - responde em um tom baixo. - Mas por que? - se levanta, sorrindo travesso.
- Não venha tentar mudar a história. - cantarolo, indo até a cozinha.
- E você não fuja do assunto. - me imita, correndo atrás de mim.
- Se apaixonou por ela em uma semana?
- Que? Não, tá ficando louco? - sinto minhas bochechas começarem a esquentar.
- Ihhh, tá ficando da cor do seu cabelo. - zoa, gargalhando escandalosamente.
- Eu não gosto dela tá! - exclamo desconfortável. - Ela só me parece...interessante.
- Ok, a primeira garota na vida que te chamou atenção é só interessante?
- Se você continuar me provocando, eu vou te esmurrar até não conseguir falar um "A". - ameaço e ele fica em silêncio.
Como estava de costas para ele, nem notei sua aproximação.
Sinto sua respiração em meu ouvido.
- "A" - e logo seus passos fugindo.
Largo o copo em minha mão.
Eu vou matar ele.
E assim terminou a nossa noite, corremos em volta da casa até o entregador de pizza chegar. Depois taquei ele na piscina e ele me puxou junto. Mas acho que ele entendeu a lição depois de choramingar pelo seu celular.

My dream come true!Onde histórias criam vida. Descubra agora