Natasha Romanoff

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Quando vocês se reencontram depois de anos; amigas de infância

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Quando vocês se reencontram depois de anos; amigas de infância

 Aviso: Aqui Natasha não é uma vingadora :)

Muitos dizem que uma paixão pode ser superada em meses. Esse não é o meu caso, infelizmente. 

Dois anos atrás, a garota na qual fez minhas emoções irem à flor da pele, causar as malditas borboletas no estômago e foi meu primeiro beijo, foi embora. Mantivemos contato apenas por alguns meses, mas em seguida, já não nos falávamos mais. Passou uma semana sem nos falarmos, duas, três, um mês, e assim seguiu. 

Eu e Natasha nos conhecemos em um parquinho, que nossas mães nos levaram. Desde então começamos a nos falar. A amizade entre nossas mães surgiu, e em seguida a nossa também. O nosso primeiro beijo aconteceu durante a minha festa de formatura. Desde então, nós ficamos mais próximas.

- Filha, pode me ajudar com isso? - Minha mãe me chama, e eu corro para a cozinha.

- Do que precisa?

- Pegue os tomates para mim na geladeira. - Assim eu faço, colocando o alimento na pia.

- Por que está tão empenhada em fazer essa torta? Terá algo especial hoje? - Cruzo os braços.

- Você verá. - Sorriu sapeca.

Ajudei minha mãe na receita, e assim que finalizou, embrulhou a travessa em um papel filme.

- Vamos entregar isso aos vizinhos novos.

- O quê? Ah não, mãe. Sabe que odeio me socializar com gente nova.

- Mas você conhece essas pessoas.

- An? - A mulher sorriu, e eu bufei, abrindo a porta principal, saindo com a mais velha.

Andamos até a casa vizinha, e eu toquei a campainha, já que as mãos da minha mãe seguravam a grande travessa. Não demorou muito para a porta ser aberta, e o homem mais velho sorriu abertamente, me abraçando.

- S/N! Como você está crescida.

- Senhor Brandon! Que bom rever o senhor. - Se separou do abraço, e em seguida, dá um abraço de lado em minha mãe, que ainda tinha as mãos ocupadas.

- Amigo querido! Preparei essa torta de frango como boas-vindas.

- Não precisava, boba. Entrem. - Deu espaço, e nós duas entramos na residência.

- Irei chamar a Natasha, um minuto.

Meu coração começou a palpitar aí. Depois de dois anos, reencontraria a garota que me deixou para ir morar no Canadá.

- Natasha! Venha aqui embaixo, temos visitas! - Gritou nas escadas, e sorriu em seguida. - Vamos para a cozinha. Me conte tudo o que aconteceu esses últimos anos. - Disse para sua amiga, e assim, eles seguiram para a cozinha.

Eu apenas fiquei na sala, olhando tudo em volta. A decoração estava aos poucos sendo a mesma de antes.

- S/N? - Aquela voz.

Olhei para as escadas, tendo a visão da garota na qual já fui apaixonada, e talvez ainda seja, usando apenas uma calça moletom preta e um top da mesma cor, os cabelos molhados, e um pouco do abdômen a mostra.

- Oi, Natasha. - Sorrio fraco.

Ela terminou de descer os degraus, vindo ao meu encontro. Sem mesmo esperar, ela me aperta em seus braços. Podia sentir seu perfume doce, e a pele quente junto a minha.

- Senti tanto a sua falta. 

- E eu a sua. - Sorrimos

- Vamos nos sentar. - Ela diz, e nós nos sentamos no sofá. - Me diga, como foram esses anos? E a faculdade?

- Está sendo incrível. Cansativa, claro, mas é o que eu gosto de fazer, então vale a pena esse esforço. - Solto uma risadinha. - E você? Como foram os estudos no Canadá?

- Consegui finalizar de uma maneira tranquila, mas nada como estudar aqui com todos que você conhece.

- E o senhor Romanoff? O que está achando do novo trabalho? - A família Romanoff se mudou apenas por conta de uma oferta de trabalho que o pai de Natasha recebeu.

- Ele está gostando muito, e assim que teve a oportunidade, quis voltar para cá.

- E ele fez o certo. - Sorrimos uma para a outra, e aos poucos, o olhar dela que estava em meus olhos, desceu para minha boca.

Eu fiz o mesmo, encarando aquela boca. A primeira que beijei. E a última. Sentia saudade, e involuntariamente, nos aproximamos, prestes a encostá-los, mas uma tosse atrapalhou.

- Oh, senhor Romanoff. - Sorri nervosa, indo o abraçar.

- Vejo que vocês realmente cresceram, né, mocinha? - Brincou, bagunçando meus cabelos. - Agora irei tomar um banho. Filha, avise sua mãe que cheguei do trabalho. - A ruiva assentiu, vendo seu pai subir para o quarto.

- Vem. - Veio em minha direção, pegando minha mão e me levando para a cozinha.

- Mas vocês se adaptaram bem por lá? - Minha mãe perguntava empolgada, enquanto o outro pai de Natasha cortava pedaços da torta, servindo em pratos.

- Muito bem! - Eles olham para a porta, vendo suas filhas de mãos dadas.

- Oi, tia. - Nat sorriu, sendo retribuído.

- Vocês realmente cresceram rápido...

- Ah mãe, não comece com o drama. - Riram.

- Papai mandou avisar que chegou e foi tomar banho. - O homem assente.

- Enquanto isso, mostra seu quarto para ela, filha.

- Oh sim, vem! - Me levou para fora da cozinha, indo eufórica para seu quarto.

Eu sentia falta disso. Dessa animação da garota, parecendo uma criança mesmo as vezes.

- Ainda não está totalmente pronto, mas estou tentando fazer algumas mudanças comparado ao quarto antigo.

- Está ficando incrível, Nat! - Observou a cama em um canto, encostada na parede. Na parede da frente, uma mesa com um pc. E alguns pôsteres colados na parede, com suas bandas favoritas.

- É... s/n. - Eu me viro para ela, vendo seu corpo cada vez mais próximo.

- Diga, Romanoff. - Nossos rostos estavam de frente.

- Eu senti mesmo a sua falta. - Deu ênfase.

- Eu também... - Sem esperar mais, Natasha me puxou para um beijo afoito, e eu retribui.

Suas mãos agarravam minha cintura, e uma de minhas mãos seguravam a nuca de minha vizinha, enquanto a outra ocupada sua cintura. Era inevitável a química que nós duas sempre tivemos. 

- Não vá mais. - Eu encerrei o beijo, dizendo.

- Não irei. Dessa vez, é para sempre. - Ela encosta nossas testas, e sorri, mostrando os dentes.

 - Ela encosta nossas testas, e sorri, mostrando os dentes

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