Marília narrando.
Os dias se passaram, os shows voltaram a todo vapor. Alguns eu fazia com as gêmeas, mas a maioria ainda era sozinha.
Depois da conversa que eu e a Maiara tivemos as coisas parecem ter melhora entre nós. Ela não está me evitando e correndo de mim como se a todo momento eu fosse agarra-la na frente dos outros.
Aparentemente nossa amizade parece ter voltado ao normal. Nós shows que realizamos juntas, todo aquele clima tranquilo e agradável estava presente. Ela me tratou como sempre, sem medo do que iam pensar. Talvez, ter esclarecido pra ela que eu iria deixar pra lá o que está sentindo, mesmo sabendo que nada que sinto em relação a ela ainda não mudou.
Bom, hoje é último show em Santa Catarina pra que então eu consiga voltar pra casa e descansar pelos menos três dias seguidos.
Estou no camarim, prestes a subir no palco e iniciar mais um show.
Não demora pra que o Bahia anuncia que começaremos, então me posiciono no palco e logo o show se inicia.
Entre uma música e outra sempre paro pra que eu possa interagir com os fãs.
Próximo do fim do show, os fãs começam a gritar pra cantar bebaça. Como sempre tenho o costume de atender aos pedidos dos fãs. Logo começa a tocar a melodia e então começo a cantar.
Até que no meio da música me dou conta de que já não estou cantando sozinha. Quando me viro vejo as duas nanicas atrás de mim cantando. Em primeiro momento fico sem reação, não imaginava que elas poderiam aparecer já que na minha cabeça elas ainda tinham show hoje
Os fãs ficam ainda mais eufóricos e animados. Terminamos de cantar a música e eu ainda sem entender como elas foram parar ali.
Cantamos mais três músicas do álbum patroas até realmente finalizar o show.
Seguimos pro camarim e eu ainda estava tentando assimilar a presença delas ali.
— Uai Marília, bugou? - Maraisa diz rindo. — Ou você não gostou que viemos até aqui?
— Cê tá doída? - Falo a olhando. — Eu amei, eu só não esperava.
— Acho bom! - Mai diz me abraçando. — Estava com saudade de você.
— Eu também estava com saudade de vocês! - Dou um beijo nela e me afasto pra então abraçar a Maraisa.
Ficamos ali conversando por alguns minutos até o Bahia anunciar que iria começar o atendimento aos fãs.
E começa a correria com fotos, vídeos, conversas rápidas e tudo mais.
As gêmea seguem sentadas no sofá que tem ali só observando toda a movimentação dentro do camarim. Até que entra uma fã que chama atenção de alguma forma. Morena, não muito alta, cabelo longo, corpo muito bem definido e com um sorriso incrivelmente bonito.
Ela me abraça e então tiramos a foto, como sempre faço com os fãs. Mas diferente dos outros ela não sai com tanta presa, e por algum motivo o Bahia também não a apresou pra sair.
— Amei seu show, como todos que já fui. - Ela me olha. — E você cada dia se superando mais, realmente incrivelmente linda. - Ela se aproxima e da um beijo em meu rosto.
— Obrigada. - Falo sem jeito.
— Se não tiver nada programado, podíamos sair pra beber uma.. te apresento o melhor barzinho de Santa Catarina.
— Queria! - Falo. — Mas do jeito que anda as páginas de fofoca, amanhã já sairia como se estivéssemos tendo algo. - Dou risada. — Pra socializar com alguém mais tranquilamente só no meu quarto.
Paro por um segundo quando me dou conta do que falei. Não era naquele sentido, mas entendi que ela havia levado pro outro lado quando vi seu sorriso malicioso em seu rosto.
— Não vejo problema em ir até lá. - Ela diz rindo.
Quando estou prestes a responder, sinto alguém segurar em minha cintura, ate olhar pro lado e me dá conta de que é a Maiara.
— Infelizmente não vai da, já planejamos a noite da Marília. - Ela diz irritada.
— Tudo bem! - Ela pega a caneta em sua bolsa e segura em minha mão e começa a escrever algo. — Caso volte outras vezes, esse é o meu número. - Ela diz e logo se retira.
Assim que ela sai a Maiara solta a minha cintura e sai em direção da Maraisa.
— Tá fazendo sucesso hein, Marília. - Maraisa diz rindo.
— Sempre fiz! - Falo dando risada.
Olho pra Maiara que está com a cara emburrada ao lado da Maraisa.
— Que cara é essa irmã?
— A única que eu tenho Maraisa. - Diz seca.
— Que bicho te mordeu, Mai? - Falo sentando ao seu lado.
— Meu, por que vocês não me deixam em paz? - Ela diz irritada. — Eu estou bem, vocês é que estão me irritando. PARA!
— Nossa irmã, precisava disso? - Maraisa a olho tentando entender e em seguida da um sorriso. — Véi, você tá com ciúmes da Lila é isso mesmo?
Sinto nascer em meus lábios um grande sorriso que eu nem ao menos consigo controlar.
— N-nao! - Ela diz se levantando. — Vamos embora!
Sorte dela que a alguns minutos atrás o Bahia havia avisado que o carro já estava nos esperando pra levar pro hotel.
Todo o caminho até o hotel foi destinado a zoar a Maiara com ciúmes. Eu zoava menos que a Maraisa, porque queria ainda ficar de boa. Mas a Maraisa não deixa ela se esquecer um minuto.
Ela só parou de zoar quando a Mai se deu por vencida e então confessou que estava com ciúmes.
Chegamos no hotel e seguimos cada uma pro seu quarto.A intenção era descansar pra que amanhã voltássemos pra Goiânia.
Me despedi das meninas e entrei em meu quarto e fui direto pro banho. Precisava relaxar depois de um dia cheio como esse.
Tomo um banho com calma, relaxante.. tento não me iludir com o fato da Maiara cheia de ciúmes, afinal nós sempre sentíamos ciúmes uma da outra e isso é de antes deu amá-la de outra forma.
Mas hoje pareceu diferente. Já vi ela sentir ciúmes várias vezes mas nessa intensidade foi a primeira.
— Deixa de ser besta, Marília. - Falo pra mim mesma.
Balanço a cabeça na intenção de afastar os pensamos e então finalizo meu banho. Me seco e me enrola na toalha, vou até a minha mala, pego uma calcinha e uma blusa grande que costumo usar pra dormir.
Quando estou prestes a me deitar me dou conta de que estava chovendo. Nada como dormir com barulho de chuva. Me ajeito na cama e pego o celular pra da uma olhada até que o sono chegue.
Percebo que com o passar do tempo a chuva só aumenta trazendo com ela alguns travões.
Maiara narrando.
Me deito e percebo que está chovendo, até então tranquilo pois não está tendo trovões.
Me ajeito na cama e me dou conta que a Maraisa ainda não veio deitar. Olho pra porta do banheiro e vejo ela sair do mesmo com a mesma roupa que ela havia chego do show.
— Irmã você vai sair? - Pergunto a olhando.
— Vou num barzinho com o Bruno. Você vai ficar bem?
— Ah não metade, por que você não fica comigo?
— Logo a chuva passa. - Ela diz se aproximando. — Não vou demorar, mas caso piore a chuva a Marília está bem aqui do lado.
A olho com um pouquinho de raiva. Apesar de não ser problema nenhum ir dormir com a Marília. Mas eu realmente não queria, não hoje.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Reaprendendo a amar. - Mailila.
FanfictionÉ sempre mais difícil se reerguer se permitir ser cativada e amada depois de acreditar ter vivido uma história de amor que no final só te trouxe traumas e inseguranças. É difícil voltará viver como antes e mais difícil ainda se permitir se amada e...