Capítulo 32

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Marília narrando.

Até que enfim os dez dias mais demorados haviam passado. Estou em Goiânia a caminho da casa das gêmeas. Foi difícil conseguir essa brecha na agenda, mas foi extremamente importante.

Apesar de nos falar com frequência, na verdade quando dá. A estrada de alguma forma sempre afasta as pessoas, mesmo que seus vínculos e ligações sejam extremamente fortes e intensos.

Comigo e com a Maiara não foi diferente, nossa relação é incrível, é estável e maravilhosa. Mas a estrada desgasta qualquer um. Teve dias em que nos falávamos, e mesmo com toda a saudade, ainda assim brigávamos. O stress dessa vida nos faz surtar as vezes por coisas mínima.

Então, depois desses dois meses longe do amor da minha vida, não tinha como adiar mais um pouco eu precisava vê-la, toca-la, beija-la, sentir seu cheiro, ouvir sua voz de perto, ouvir suas reclamações e chatice. Acordar de manhã e na maioria das vezes esperar ela fazer sua yoga, terapia, seus desenhos de elementos e ouvir uma música calma pra de fato começar o dia. Enquanto eu sigo na sua contra mão.. ouço meu rock, mal faço um skyncare ou yoga. De certa forma somos quase o oposto uma da outra Mas nos amamos como ninguém.

Eu amo está na estrada, ocupando meu tempo com projetos, músicas novas, composições e tudo mais. Mas eu amo ainda mais quando volto pra casa e encontro as pessoas que amo. Não tem preço.

Passei todo caminho do aeroporto até em casa pensando sobre tudo que aconteceu nesses dois meses que mal me dei conta que já havíamos chegado.

— Bahia, esqueci..

— Você tá muito desligada. - Ele diz me olhando e rindo. — Não esqueceu, você que não percebeu que paramos em uma floricultura.

— Baba, você é o melhor! - Falo sorrindo.

— Já chegamos! - Ele diz saindo do carro e abrindo a porta pra que eu desça. — Não esquece que ainda falta mais algumas coisas pra finalizar. Aproveite o dia, mas fique atenta ao celular, sei que você quer e precisa descansar, mas logo finalizamos e realizamos tudo e você vai poder aproveitar cem porcento seus dias.

— Pode deixa! - Falo descendo do carro. — Você é incrível, não sei o que faria sem você. - O abraço.

— Não esquece isso! - Ele diz pegando o buquê que havia pedido no bando de trás do carro e me entregando.

— Bem lembrado. - Dou risada. — Tenta descansar como der. Nós vamos nos falando.

Me despeço dele e sigo caminho até a porta de entrada da casa das gêmeas. Abro a mesma e não demora muito pra eu ver uma cópia da Mai jogada no sofá.

— Vida boa! - Falo entrando e ela se assusta.

— Porra, Marilia! - Maraisa diz assustada. — Mal ouvi você abrir a porta.

Ela se levanta do sofá e vem em minha direção e me abraça. Retribuo o abraço e dou um beijo em sua cabeça.

Estou prestes a sair do abraço da Maraisa até ouvir o furacão chamado Maiara Carla surgir sabe se lá de onde e puxar a Maraisa dos meus braços.

— Tá ótimo Irmã! - Ela diz já puxando a Maraisa.

— Nossa Maiara! - Maraisa diz se afastando.

— Amor.. - Ela diz toda animada. — Estava morrendo de saudade de você!

Ela me abraça e logo começa a distribuir beijos por todas as partes possíveis do meu rosto. Eu amo todo esse seu carinho e grude. Não consigo me conter e começo a gargalhar. Ela é a melhor pessoa do mundo.. do MEU mundo!

Reaprendendo a amar. - Mailila. Onde histórias criam vida. Descubra agora