Marília narrando.
Estava tudo indo bem, até que encontramos o Fernando antes de voltarmos pra casa. A forma que vi a Maiara ficar me deixou levemente incomodada.
Não por imaginar que ela possa voltar com ele Bom, eu torço muito pra que isso não aconteça. Mas me incomodo a forma e a rapidez em que ela fez questão de soltar a minha mão, assim que deu conta de quem era.
Eu nunca a vi agir daquela forma. Maiara sempre falou demais e nunca deixou pergunta assim sem resposta. E não imaginei que ela deixaria, ainda mais quando o assunto levantando foi sobre ela está comigo.
— Você tá chateada? - Ela diz me olhando preocupada.
— Se eu disser que não, eu estarei mentindo. - Falo me sentando no sofá.
- Quer conversa sobre?
— Eu não sei, estou bem chateado na verdade! - Faço uma pausa. — Sabe, eu acredito que seja coisa da minha cabeça e que a minha insegurança é só por medo. Mas, eu queria entender por que soltou minha mão tão rápido quando viu que era ele? Por que não soube responder a pergunta dele sobre nós?
— Eu não sei, fiquei surpresa em encontrar ele. Não foi pensado que fiz o que fiz, quando dei por mim eu já havia feito. - Ela diz se sentando ao meu lado.
- Mai, eu vou te fazer uma pergunta e quero que você seja extremamente sincera comigo. - Me viro pra ficar de frente pra ela.
- Sempre sou sincera com você!
— Você ainda sente algo por ele?
Ela me olha assustada e não responde de imediato, o que acaba me deixando preocupada. Eu não quero está com ela, imaginando que em algum momento ela pode perceber que talvez o ama e quer voltar com ele.
— Pelo seu silêncio eu vou deduzir que a resposta não é a que eu esperava. - Digo chateada.
— Não! A resposta é não, Marilia. Eu não sinto nada por ele, eu só não sei o que aconteceu comigo. Eu só não consegui formular a frase quando ele perguntou. Não é sobre gostar dele ou não.
— Você bagunça a minha cabeça, minutos atrás você estava decidida a dizer pra quem fosse necessário que estávamos juntas. Mas pelo que percebi, isso se limita ao Fernando ainda. Você não conseguiu dizer o que tínhamos, nem ao menos se tínhamos algo. Eu sei que você pode não amá-lo, mas deu pra ver que pra você ainda é difícil assumir algumas coisas pra ele. E tá tudo bem. Eu não estou te cobrando por isso, mas eu não quero ficar com essa sensação de que eu posso te perder pra ele em algum momento.
— Mas você não vai!
— Eu quero muito acreditar nisso.
— Amor, desculpa por não ter agido como você esperava que eu agisse. - Ela diz sentida.
— Tá tudo bem!
Ela me olha sem dizer nada por alguns minutos. Eu fico em silêncio a olhando também.
— Eu vou pro quarto! - Ela diz se levantando.
— Não quer que eu vá com você? - Falo em dúvida.
— Você quer vir? Porque sinceramente não é oque parece. - Ela para na escada e me olha.
Eu me levantado sofá e a acompanho até seu quarto. Entramos no mesmo e ela vai direto pro seu closet trocar de roupa. Eu me troco ali mesmo, pois havia deixado minha roupa em cima da cama.
Termino de me trocar e me sento na cama a sua espera. Ela volta e se senta ao meu lado, liga a tv de seu quarto e não diz nada. Fica ali, aparentemente envolvida na programação que está passando. Ficando em um silêncio que incomodava. Até que ela resolve falar.
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Reaprendendo a amar. - Mailila.
FanfictionÉ sempre mais difícil se reerguer se permitir ser cativada e amada depois de acreditar ter vivido uma história de amor que no final só te trouxe traumas e inseguranças. É difícil voltará viver como antes e mais difícil ainda se permitir se amada e...