Capítulo 43

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Maiara narrando.

Acordo pela manhã, me viro na cama e não encontro a Marília em canto nenhum do quarto. Coloco a mão na cabeça e então me convenço de que não deve ter passado de um sonho realista demais, por causa da bebida que ingerir na noite anterior.

Alcanço meu celular na mesinha do lado da cama, na esperança de ter uma mensagem da Marília avisando que precisou sair mais cedo pra resolver algo. Mas, dou uma olhada nas notificações e não tem nada.

Suspiro decepcionada, porque eu realmente queria que fosse real, realmente queria que tivéssemos se acertado e que não fosse apenas um sonho.

Havia aberto os olhos e sentido uma animação sem igual dominar o meu corpo, até cair na real e vê que nada havia acontecido como eu tinha imaginado.

Me arrasto pela cama, lutando pra me levanta até resolver sair da mesma e ir tomar um banho.

Faço o processo de sempre, tomo banho, lavo os cabelos, desligo o chuveiro, me seco, troco de roupa, penteio e seco meus cabelos e saio do quarto.

Desço as escadas e vou direto pra cozinha, apesar da decepção da dura realidade, eu estava com fome, precisava comer algo pra tentar ficar menos irritada.

— Pela cara sei que não dormiu bem.

Maraisa diz assim que me vê entrar na cozinha. Faço uma carreta e puxo a cadeira pra sentar em sua frente.

— Queria pelo menos ter dormido um pouco mais. - Falo chateada.

— Uai, é só tu voltar pra cama.

— Não é pelo sono, dormi o suficiente. Mas o sonho que tive. - Faço uma pausa lembrando dos detalhes. — Foi realmente incrível, se pudesse moraria nele.

— E deu tempo de você sonhar? - Ela me olha surpresa.

— Óbvio, cheguei em casa e pelo jeito fui pra cama.

Ela me olha e da risada.

— Quer falar sobre esse sonho?

— Sonhei com a Marília.

— E?

— Foi muito real! - Suspiro. — Cara, tudo que aconteceu no sonho eu realmente senti.

— Tomou banho né? Porque certeza que foi sonhos impróprios pra menores de idade. - Ela da risada.

— Besta! - Dou um sorriso. — Que saudade do meu amor!

— Você é besta!

— Um xingamento de graça assim?

— Você é besta mesmo. Por que você não diz pra Marília como se sente ao invés de ficar fazendo esses joguinhos?

— Você não entenderia. - Falo e em seguida dou um gole em meu café.

— Então me explica!

— Eu não sei nem por onde começar. - Faço uma pausa. — Se não foi um delírio que eu tive vendo a Marília ontem na festa dos meninos. Ao ve-lá eu só tive certeza de que não deveria deixar ela ir embora assim. Mas o pior de tudo é que não sei se ela sente o mesmo ainda, mesmo ela prometendo que jamais deixaria de me amar.

— Você vai ficar aqui com essa dúvida ou vai atrás do amor da sua vida?

Eu a olho cabisbaixa pensando em várias possibilidades. Eu posso ir até a Marília, mas se ela já não estiver mais tão envolvida assim, me amando como ela disse que amaria. Eu não iria suportar ouvir ela me dizer que já não temos tempo pra nós.

Reaprendendo a amar. - Mailila. Onde histórias criam vida. Descubra agora