MIRELA
Não sei quanto tempo passamos dentro daquele quarto mas foi o bastante pra me fazer esquecer da vida, dos problemas e de tudo. Coringa me tirou do chão e me levou para conhecer o verdadeiro paraíso, de todos os comentários o elogiando sobre como ele é bom na cama nenhum chega tão perto de descrever a realidade, o homem parece uma máquina, não cansa. Eu literalmente sairia do quarto com minhas pernas bambas de tanto foder, ou melhor dizendo, de tanto ele me foder. Coringa sabe como da prazer a uma mulher e isso não nego.
― Desce lá e pega meu shorts ― falei ainda deitada na cama.
― Alá, desce e pega você ― ele murmurou, ainda terminando com seu baseado.
― Você quer que eu desça só de biquíni assim? Vão achar que você estava me espancando ― virei meu corpo deixando parte minha bunda exposta, estava completamente vermelha pelos tapas.
― Uma obra de arte ― ele pousou sua mãe na minha bunda.
― A não ser que você queira que eu desça completamente nua ― dei a idéia rindo.
― Tá chapando tio? ― ele desceu um tapa na minha bunda.
― Oque foi? Aposto que seus amigos não perderiam tempo em olhar ― continuei provocando.
― Amigo não, aquilo ali é um bando de urubu que te comeria mesmo sabendo que é minha ― Coringa parece ter levado pro coração, ele fechou a cara no mesmo instante.
― Eu não sou sua ― falei.
― É minha sim e ce tá ligada que é ― ele falou todo convencido. ― Bora mais uma? ― ele passou a mão pela minha bunda.
― Não, credo ― empurrei ele com as pernas. ― Eu já não sinto mais minha pepeca ― aquilo era verdade.
Já era a terceira vez que voltávamos a fazer sexo e parece que ele não cansava. Coringa levantou da cama e procurou por suas peças de roupa, por que até então ele estava peladão na minha frente, e embora tenha sido estranho no começo já não ligo mais. Momento mais íntimo do que transar eu desconheço.
― Quer receber? ― ele parou diante a cama e me encarou.
― Oque? ― perguntei sem entender oque tinha dito.
― Dinheiro ― ele tirou algumas notas de cem da sua bermuda.
― Não ― respondi na mesma hora.
― Eu não sou prostituta ― engoli em seco.― Se fosse receberia bem ― ele sorriu de canto, uma tentativa de elogio acabou me ofendendo.
― Não sei como funciona esse teu lance com as suas putas, mas comigo é diferente ― me enrolei com o lençol para não ficar tão exposta.
― Eu pago as minhas putas, tem algo de errado nisso? ― ele me encarou todo sério.
― Não, desde de que você não me envolva nisso, eu fiquei com você por que eu quis e não em troca de dinheiro ― respondi na lata.
― Então beleza ― ele guardou as notas dentro da carteira e colocou de volta no bolso da bermuda.
― Eu quero meu shorts ― falei emburrada.