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MIRELA

Capítulos finais...

A enfermeira me ajudou a tomar um banho e a tirar toda aquela nojeira que tinha em meu corpo, estava muito fraca e talvez isso se deva ao motivo de que eu não tenha comido nada durante o dia, então tive bastante dificuldade em me manter em pé sozinha e grande parte do meu banho foi dado pela enfermeira, que foi super simpática e educada comigo enquanto conversavamos no banheiro. Depois disso eu escovei meus dentes com uma escova que minha mãe havia colocado na minha "mala" e vesti um vestido de verão que era mais solto e não me apertava.

Eu fiquei parecendo uma mulher quando acaba de ganhar bebê, com roupas extras largas mas que são totalmente confortáveis. Prendi meu cabelo no alto da cabeça e saí do banheiro com ajuda da enfermeira, graças ao medicamento eu já não sentia mais cólicas e meu corpo estava voltando ao seu estado normal. Antes mesmo de sair do quarto vi que tinha alguém em pé ao lado da janela do meu quarto, quase não contive minha emoção quando vi o branquinho tatuado me esperando ali no quarto.

Coringa me encarou por longos segundos com aquele olhar sério que seria capaz de me hipnotizar, enquanto coçava a sua barba que estava aparentemente grande. Sorri que nem uma boba quando me deparei com meu marido parado sobre a janela, trajado com uma bermuda jeans e a blusa preta da lacoste que já era sua identidade.

Ele esboçou um sorriso de canto depois de longos segundos me encarando e resolveu vim até mim, quando a enfermeira percebeu que tinha visita para mim e eu poderia muito bem dar conta de ficar em pé sozinha por alguns segundos, ela se retirou da sala nos deixando a sós.

Não tive nem reação quando senti o perfume forte de Coringa invadindo minhas narinas conforme ele chegava cada vez mais perto, apoiei meu corpo em minhas pernas me obrigando a permanecer em pé e esperei pelo contato dele, agradecendo mentalmente por poder sentir aquele cheiro tão bom novamente.

Coringa chegou em mim com rapidez e agarrou minha cintura com ferocidade, tanta que até conseguiu me tirar do lugar e me levar para trás, chocando minhas costas contra a parede do quarto. Apoiei minhas mãos pequenas sobre o peitoral dele e esperei que ele fizesse alguma coisa, mas ao invés disso ele preferiu me assistir durante um longo tempo, e seu olhar avaliando cada detalhe do meu rosto desesperamente, me dizia que ele não estava acreditando que eu estava mesmo ali.

― Que susto que você me deu mulher ― murmurou do jeito clássico, rabugento porém demonstrando sua preocupação, e eu não tive nem ao menos tempo de lhe responder, Coringa já foi logo atacando meus lábios.

Coloquei meus braços sobre os seus ombros e retribui aquele beijo cheio de saudade e necessidade, era como se eu estivesse o beijando pela primeira vez na vida, mas nosso beijo encaixou perfeitamente. Coringa agarrou meu pescoço com uma das suas mãos enquanto a outra estava sobre minha cintura, ele grudou seus dedos sobre minhas mechas de cabelo e viu a necessidade de puxar.

Gemi na sua boca quando ele apertou meu cabelo daquele jeito agressivo mas ao mesmo tempo sensual que só ele sabia fazer e depois mordeu meu lábio com cuidado.

Coringa desceu sua cabeça até meu pescoço e começou a me cheirar como um cachorro faz com seu dono, ele farejava meu cheiro desesperado como se estivesse vendo a necessidade de conferir seu território e sua mão na minha cintura chegou a subir até o colo da minha barriga como se estivesse procurando o volume que tinha ali antes. O vestido era largo então minha barriga estava escondida dentro do tecido, e Coringa só pareceu ter certeza que o bebê ainda estava dentro de mim quando sua mão pousou sobre minha barriga redonda.

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