026.

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MIRELA

2 semanas depois

Mais um dia terminando na semana, cheguei em casa com minhas pernas doendo de tanto ficar em pé naquele trabalho, sinceramente andei pensando em pedir demissão, até por que estava vivendo bem morando com Coringa, ele fazia questão de me sustentar e bancar tudo que eu queria. Quando digo tudo, é tudo mesmo, não preciso pedir dinheiro para ir no salão ou então comprar coisas para mim, ele simplesmente me dá. Hoje ele não pode ir me buscar no trabalho por que disse que estava ocupado, mas sempre manda algum vapor me buscar quando acontece esse tipo de imprevisto.

Subi até o quarto lentamente, estava com uma puta dor de cabeça e sentia meu corpo todo fraco. Tomei um banho gelado pra ver se passava aquele mal estar mas não resolveu, depois que me vesti, desci novamente para o andar debaixo e proucurei por algum remédio. Estava com fome mas também muito cansada, não ia pro pé do fogão preparar nada então fui em busca de algo mais prático e acabei achando miojo. Era super prático e fácil de cozinhar.

― Fala minha gostosa ― escutei a voz de Coringa.

― Onde você tava? ― perguntei por perguntar, até por que ele nunca me dizia onde estava.

― Fui receber um carregamento de arma que chegou ― ele me falou, chegando por trás de mim e colocando as mãos na minha cintura.

― Hm.. ― foi tudo que respondi.

― Tá brava por que? ― ele indagou.

― Não estou brava ― falei tranquila, colocando meu miojo na água.

― Tá sim, nem me deu um beijo ― ele se justificou.

― Estou com dor de cabeça ― murmurei.

― Jaé, então tá brava comigo não? ― ele estava preocupado demais.

― Eu deveria estar brava com você? ― virei para ele e o encarei desconfiada.

― Não ― respondeu seco. ― Tá de TPM né? ― tentou fugir do assunto.

― Que tal você subir e me deixar aqui sozinha? ― propus, sentindo dor de cabeça só de conversar.

― Sobe comigo? Bora fazer um amorzinho gostoso ― ele me puxou pela cintura.

― Não tô com ânimo ― sorri forçado.

Sabe quando você acorda de mal com a vida? Nada e nem ninguém conseguiria me tirar aquele mal humor.

― Ih, mó chatona hoje em ― ele me largou e saiu da cozinha resmungando.

Voltei a fazer meu miojo na paz de Deus, o silêncio prevaleceu quando Coringa saiu da cozinha, não estava com muita vontade de comer miojo puro então tive a idéia de colocar ovos cozidos como acompanhamento, nunca tinha comido mas na minha cabeça parecia fazer sentido. Cozinhei os ovos e descaquei, logo após colocando no prato com miojo.

Fiquei mechendo no celular enquanto comia minha combinação perfeita, estava com tanta fome que acabei com o que tinha no prato em menos de cinco minutos, e garanto que se tivesse mais eu comeria também. Estava sentada na mesa da cozinha mechendo no celular quando vi Coringa entrando no cômodo.

Entre becos e vielas Onde histórias criam vida. Descubra agora