013.

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CORINGA

Quando ela apareceu do lado de fora fiquei uns trinta segundos só babando naquele corpinho, ela tinha me obedecido e colocado um vestidinho colado pra mim, eu gostava de como o tecido apertado deixava suas curvas ainda mais marcadas, e a bunda durinha dela ficava ainda maior com roupa justa, ela tava mais gostosa ainda com um vestido rosa.

― A gente pode passar na farmácia antes? Preciso comprar remédio ― ela já entrou fazendo exigência.

― Tá com que mermo? ― perguntei.

― Uma cólica terrível ― ela fez uma careta.

― Belê ― concordei.

― Vai ter muita gente nessa festa? ― perguntou enquanto se observava no espelho do carro.

― É privada pô, vai da muita gente não ― expliquei.

― A Taís não cansa de fazer festas não? ― murmurou como se tivesse realmente incomodada.

― Ela vive por isso ― ri.

Taís era quem organizava a maioria das festas e sempre era as melhores. Antes de chegar até o destino parei na farmácia pra Mirela comprar oque queria e logo depois peguei a estrada de volta, demorei cerca de cinco minutos pra chegar na casa de Taís, que não era muito longe da minha. Quando descemos do carro Mirela tocou a campainha e logo Taís veio nos receber.

― Aí está vocês ― ela falou toda feliz quando nos viu.

Aproximei meu braço de Mirela e a puxei pela cintura, ela não fez questão de se afastar então continuei com minha mão ali, entrei com ela ao meu lado e assim seguimos até a área externa da casa. Era mesmo uma festa mais privada, a música tocava baixo e quase não tinha gente ali.

― Boa pra nós chefe ― Batoré veio até mim quando cheguei.

― Boa, onde tá o Ruivinho? ― observei o lugar atrás do meu braço direito, que mal tinha visto durante o dia.

― Sei lá, ele tava aqui agora pouco com aquela mina lá ― Batoré parecia confuso.

― A Karine tá aqui? ― Mirela perguntou.

― É pô, ela mermo ― Batoré confirmou.

― Vou procurar ela ― Mirela falou baixo para mim e logo depois se afastou indo a proucura da amiga.

― Tá gamadão na mina mermo em? Não descola mais ― Batoré não perdeu a oportunidade de me zoar.

― Que gamadão oque ― fugi do assunto e caminhei até uma mesa que tava lotada de White Horse.

― Para de caô, tá gamadão sim ― ele veio me seguindo.

― Quero saber de compromisso não, isso só da dor de cabeça ― resmunguei, enchendo meu copo de Whisky.

― Sei ― ele fingiu ter acreditado.

Nem ligo mermo.

Ruivinho brotou do nada com mó cara de assustado, parecia até que tinha visto um fantasma.

― Que foi parça? ― encarei o moleque, que tava encarando um lugar fixo sem dizer nada.

Entre becos e vielas Onde histórias criam vida. Descubra agora