MIRELA
Estava tão cansada que quando cheguei em casa a primeira coisa que fiz foi me jogar no sofá da sala sem nem subir, estava suada e almejando tomar banho mas a preguiça tomou conta de mim. Fiquei esparramada no sofá e descansando por um tempo enquanto mechia no celular até criar coragem para subir. Foi quando percebi que tinha uma mensagem de um número desconhecido.
― Salve morena, tudo tranquilo? ― li a mensagem pela barra de notificação.
Um sorriso se abriu no meu rosto, tinha noção de quem era então entrei na mensagem. Coringa havia mandado a mensagem a poucos minutos atrás mas eu não tinha visto.
― Ainda não me disse onde conseguiu meu número ― mandei.
Salvei o contato dele que ainda não estava salvo enquanto esperava pela sua resposta, quando voltei já havia uma resposta.
― Isso não importa ― respondeu.
― Me diz, oque você quer agora? ― mandei na lata.
― Cola aqui na boca, tô precisado daquela tua sentada pra relaxar ― ele respondeu logo em seguida.
― Tá achando que eu virei tua marmita? Vai achando ― mandei enquanto ria.
― Bem que eu queria ― respondeu. ― Vai dizer que não quer me dar de novo? ― falou todo convencido.
― Deixa de ser convencido, não vou colar em lugar nenhum ― mandei.
Se ele acha que vai conseguir ter oque quer e na hora que quer ele está muito enganado, não sou puta pra tá ficando marcando hora.
― Alá, se fazendo de difícil hora dessa? ― Coringa respondeu.
― Vou te explicar só uma vez, meu corpinho você só terá de novo quando eu quiser ― mandei a mensagem com um sorriso.
Era automático, não conseguia me desfazer daquele sorriso idiota.
― Que sorrisinho é esse Mi? ― Isadora apareceu na sala que nem um fantasma.
― Vai cuidar da tua vida ― mudei minha expressão.
― Tá vendo oque nesse celular? ― ela ficou me encarando desconfiada enquanto sentava no outro sofá.
Voltei minha atenção pro meu celular e vi que tinha chegado uma mensagem.
― Demorô, então tô sem moral mesmo? ― ele respondeu.
― Não vou colar nessa boca de fumo só por que você quer ― respondi com desdém.
Enquanto isso Isadora tava me encarando de longe, percebi pelo canto do meu olho.
― O problema é a boca? Então tá, eu levo a madame pra onde quiser ― respondeu.
Estávamos em uma troca de mensagens rápidas e práticas.
― Qualquer lugar? ― eu ri diabolicamente.
― Qualquer lugar ― respondeu logo em seguida.