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CORINGA

Minha única tarefa do dia era descobrir quem foi o desgraçado que andou postando mentiras sobre mim naquela página de fofoca, colocando meu relacionamento em jogo. Já faz um tempo que eu tô fragando essas fofocas rolando pelo morro e até agora nunca tinha saído nada sobre mim, pelo menos nada que eu não gostasse.

Mas quando vi a merda daquele vídeo circulando pelas redes sociais e um monte de comentários maldosos relacionado a Mirela, senti vontade de matar cada uma daquelas pessoas que tiveram coragem de dizer aquelas coisas. O vídeo com a Larissa era realmente antigo, se pá muito antes de eu conhecer Mirela, mas fizeram questão de postar o vídeo na intenção de prejudicar meu relacionamento.

― Me chamou? ― Ruivinho apareceu segundos depois de eu ter o chamado.

― Senta aí ― apontei para a cadeira a minha frente com a Glock, tava limpando a peça.

― Oque foi? ― sua expressão assustada chegava a ser engraçada.

― Valeu aí pela ajuda ― agradeci, com meus olhos vidrados na peça.

― Se não fosse eu, tu tava indo conhecer o inferno agora ― brincou, se sentando a minha frente.

― Eu quero bater um leró com a Larissa ― comentei serinho, mas sem perder minha paz.

― Ó, aposto que foi ela que mandou aquele vídeo na intenção de te foder
― Ruivinho me disse, como se eu já não soubesse.

― Tô ligado, e ainda hoje eu descubro quem é o filho da puta que tá postando essas coisas ou eu não me chamo Coringa ― falei com convicção e deixei a peça sobre a mesa.

Minha vontade era descarregar minha arma na cara de alguém hoje.

― Irmão, se tu quiser eu posso falar com o William, ele é nerd e vai saber como descobrir isso aí ― Ruivinho passou a mão pelo cabelo e jogou suas costas na cadeira.

― Faz isso, quero nome e sobrenome do dono daquela porra ― mandei.

― Demorô ― levantou.

― Caça a puta da Larissa e leva ela pro galpão ― falei com sangue nos olhos.

Só Deus sabe oque eu vou fazer com aquela vagabunda quando eu ver ela.

― Tá pensando em fazer oque? ― Ruivinho abriu um sorriso divertido.

― Nada que ela não mereça ― balancei a cabeça, com sangue nos olhos só de pensar no tanto de coisa que eu poderia fazer com aquela mina.

Não é de agora que ela tá tentando arruinar meu relacionamento, e aposto que tem dedo dela nessa postagem de fofoca. Assim que Ruivinho saiu da minha sala em busca de Larissa, esperei ele chiar no radinho me avisando que tinha achado, mas isso demorou um pouco então fiquei na sala fumando meus baseado de lei.

Não tinha pressa para resolver meus problemas do dia, mas quando a fome bateu fiquei ainda mais estressado. No momento que recebi o chamado de Ruivinho peguei minha moto e traçei o caminho até o galpão. Era no meio de um matagal mais afastado das moradias, um lugar especifico para fazer os desembolos.

Assim que estacionei em frente ao galpão tirei minha camiseta do corpo e joguei sobre o ombro por conta do calor, ajustei minha glock na cintura e entrei no galpão que não tinha nenhuma segurança na entrada até então. Quando abri o portão de ferro da entrada dei de cara com Ruivinho parado no centro do espaço, encostado sobre uma mesa enquanto Larissa estava em pé. Quando a filha da puta me viu seus olhos se arregalaram na mesma hora, ela podia não fazer idéia do que eu iria fazer com ela mas sabia que algo aconteceria.

Entre becos e vielas Onde histórias criam vida. Descubra agora