parte 41

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ponto de vista: vivi

Passou-se uma semana, e ainda estamos no apartamento da Triz. O que eu acho? Honestamente, nunca me senti tão confortável. As preocupações diminuíram bastante, mas pelo jeito sou só eu que penso assim.

Gabi liga todo dia para as meninas e pergunta das crianças, da Laura e como estão as coisas na pensão. Não consigo mais ficar irritada com ela como antes, mas acho que minha namorada tá exagerando.

Um pouco, pelo menos.

Eu à convenci de irmos no hospital só quando as coisas se acalmassem, mas devido às ligações frequentes, Júlia e aquela maldita da Dora perceberam a tentativa de reaproximação.

Dá pra acreditar que elas quiseram até proibir a Samira de falar conosco? Ainda bem que ainda existe justiça mínima e bom senso em certas pessoas.

— Aham, sim. Eu vou falar com ela pra gente marcar. A Triz deu uma saída, mas eu digo que você mandou um beijo. — Gabriela apareceu falando com nossa amiga pelo telefone.

Olhei-a de relance enquanto dobrava umas roupas e dei um sorriso genuíno. Quando a garota finalizou a chamada, chegou perto pra me ajudar.

— E aí? Vai marcar o que com quem? — fechei a gaveta e sentei na cama.

Nós dividimos uma cama de solteiro no quarto de hóspedes. Se eu disser que tem espaço o suficiente, estarei mentindo. Mas se disser que tô descontente em me apertar com essa gostosa, também estarei mentindo. Então digamos que...

— Nós duas e a Samira visitando a Laura. — ela pôs as mãos na cintura, seus joelhos roçando no colchão.

— Quando? — perguntei querendo suspirar de aborrecimento. Ela fez uma cara suspeita. — Hoje?

— Tudo bem por você?

— Gabriela, a gente tinha combinado de ir só quando-

— Eu sei, Vivi. Eu sei. Mas eu não consigo, tá? Desculpa, mas sou assim. — a menina passou a mão pelo cabelo platinado.

— ...Venha aqui. — gesticulei pra ela sentar comigo, e ela fez. — Você acha que depois do que houve, as duas imbecis não vão fazer marcação cerrada no hospital? Se quer ver a Laura tudo bem, eu também quero. Mas temos que escolher o momento certo, pra não dar confusão. Outra, no caso.

— Tá bom. — ela bufou.

— Não faça essa cara! — fiz cócegas em sua barriga, fazendo Gabi deitar gargalhando. Me ponho por cima de seu corpo e encosto nossos narizes. — Vamo fazer alguma coisa? Sem ansiedade, preocupação ou afobação.

— Não posso garantir isso... — ela ficou séria por um segundo.

— Você ainda gosta de mim? — pergunto de testa franzida, realmente é algo que me deixa insegura às vezes.

— Tá brincando, né? — Gabriela segura meu rosto, os fios escuros do meu cabelo batendo em seu pescoço. — Eu te amo muito, Vivi. Você é minha namoradinha pra sempre...

Nos beijamos lentamente e eu acabei rindo no meio do ato, o interrompendo.

— Caramba, você tá aprendendo mesmo. — comentei antes de colar nossas bocas de novo.

— Não começa. — ela disse em pausas, me dando selinhos quentes.

— Já comecei. — desci minha mão até sua intimidade.

Ótima palavra pra não dizer outra. Serei fofa e delicada, mas por dentro eu tô em chamas.

— Bem que agora uma cama de casal cairia bem. — Gabi murmurou, desabotoando seu sutiã. — Meu Deus, ficou preso! — ela deu um gritinho assustado e eu ajudei à desprender o negócio.

— Sua virgem! — provoquei, com nossos rostos praticamente grudados.

— Falou a rainha do sexo, né? — ela rebateu. — Cala essa boca.

— Para, eu quero ser a ativa! — segui com as brincadeiras e ela arregalou os olhos, segurando o riso. — Tá bom, chega. Preciso da senhora dentro de mim, urgentemente...

Reiniciamos um beijo devagar e molhado, eu por cima de Gabriela, ela com sua mão na minha nuca. Seu cheiro natural ficando ainda melhor na medida em que eu beijava seu pescoço.

Que merda é estar apaixonada! Sim, esse é meu jeito de dizer que nunca fui tão feliz.

um capítulo boiola pra acalmar as coisas
(até adicionei uma referência ao primeiro beijo das nenéns, alguém pegou será?)
espero que estejam bem :)
eu acho q eu tô, sei lá
me recomendem músicas que vocês acham que encaixa totalmente nessa fic, EU VOU AMAR!

borboletas [gabi cattuzzo]Onde histórias criam vida. Descubra agora