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𝙼𝙴𝙻
𝟸𝟻 𝚍𝚎 𝚓𝚞𝚗𝚑𝚘
𝚁𝚒𝚘 𝚍𝚎 𝙹𝚊𝚗𝚎𝚒𝚛𝚘/ 𝙱𝚛𝚊𝚣𝚒𝚕O Fabinho só conseguiu duas credenciais pra entrar naquela área restrita dos vestiários. Eu obviamente fui a primeira a jogar meu corpo fora, mas minha mãe e meus padrinhos insistiram tanto dizendo que era minha primeira vez no Maraca que isso, que aquilo, que passei o colar no pescoço e acompanhei o Fabinho até lá.
O jogo terminou em 3 a 0.
O Gabriel tinha feito um golzinho e pra dar uma leve debochada comemorou como se estivesse “cantando”.
Eu ri muito. Ficou horrível.
—Já volto — Fabinho da tapinhas no meu ombro — Vou bater um papo com um dos presidentes ali. O Gabriel já deve tá chegando, falei pra ele que a gente ia esperar ele aqui belê?
Respondi com um gemido.
Tá cheio de homem sem camisa aqui e a maioria fica olhando pra mim porque me viram chegar com o Fabinho. Pra completar o desastre a tal da Madu passou o jogo inteiro cochichando com a amiga. Não tenho nem dúvidas que estavam falando de mim.
—Ei — Alguém chamou, me virei pra encarar o Gabriel saindo do vestiário. O cabelo tá molhado e ele só tá usando uma daquelas calças que costuma usar quando viaja pra jogo. Abre um sorriso quando o encaro. Os olhos descem um pouco e encaram a blusa do Flamengo que estou usando — “Traje do Flamengo e ela de Maria Gueixa...” — Começa a cantar.
—Nossa Senhora, da próxima vez que for abrir a boca pra cantar me avisa que trago um tampão pros meus ouvidos não sangrarem — Fiz careta e cruzei os braços.
—“Tá me perguntando se eu jogo de chuteira” — Ele continua, o sorriso ficando cada vez mais largo.
—Meus tímpanos agradecem se você não cantar mais. Obrigada — Desvio quando percebo que ele vai me cutucar na costela.
—HAHAHA, finalmente alguém que fale umas verdades na cara do “Lil Gabi” — Um garoto que devia ter minha idade aparece, passando a mão no ombro do Gabriel.
—Sai daqui, ou — Gabriel desvia dele.
—Não vai me apresentar pra garota? Que falta de respeito — O moleque abre um sorrisinho arteiro e me olha de canto.
—Mel — Eu respondo.
—Matheus, mas pode tá me chamando de amor da sua vida se quiser também — Ele brinca enquanto me cumprimenta com dois beijinhos na bochecha.
—Tá bom, amor da minha vida — Brinco de volta.
Geralmente ninguém me escutaria fazer esse tipo de piada. Talvez só a Dhiovanna se estivéssemos bem loucas em alguma balada, mas gosto da vibe do moleque e meio que saiu sem querer.
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𝐌𝐀𝐑𝐈𝐀 𝐆𝐔𝐄𝐈𝐗𝐀 • 𝐆𝐀𝐁𝐈𝐆𝐎𝐋
FanfictionMel conhece os Barbosa desde sempre, então se qualquer pessoa perguntar com quantos anos o tal do Gabigol fez o primeiro gol com a perna canhota ela vai saber responder. Isso significa que os dois são amigos? Não, mas é o preço que ela paga por ser...