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𝙼𝙴𝙻
𝟹𝟶 𝚍𝚎 𝚓𝚞𝚕𝚑𝚘
𝚁𝚒𝚘 𝚍𝚎 𝙹𝚊𝚗𝚎𝚒𝚛𝚘/𝙱𝚛𝚊𝚜𝚒𝚕

Desci pra academia como quem não quer nada, pronta pra ir implorar pro Gabriel cuidar do Pitoquinho porque estou indo passar uns dias em Santos com minha mãe, mas... Cheguei lá e dei de cara com um esquadrão de homens.

O Jorginho que canta pagode tá aqui, o Marco diretor tá aqui, o Romarinho e o Richard também. A maioria deles estão sentados, enquanto isso o Fabinho e o Gabriel estão de pé com alguns outros caras...

Lutando boxe?

Observação número um: O Fabinho é um ameba e preciso ficar me controlando pra não rir.

Observação número dois: Precisava ter esse monte de câmeras por perto só pra fazer uma aula de boxe? E esse monte de homem? E eu tava aonde esse tempo inteiro que não escutei esse barulho todo? Na Corte Nortuna?

Observação número três: Ele precisava ser gostoso desse jeito?

Não, sério mesmo... Tinha necessidade?

E não. Eu nunca fui apaixonada por ele na infância. Ou na adolescência. Quer dizer... Ele sempre esteve lá, a gente sempre se viu, conversávamos às vezes e eu sempre tive consciência da presença dele. Sempre.

Isso não significa que fui apaixonada em algum momento. Na verdade até o terceiro ano do ensino médio, quando ele mais faltava a escola do que ia, eu era aquela pessoa que as outras meninas procuravam pra tentar fazer a ponte. A maioria delas se mandavam quando percebiam que eu não tinha moral nenhuma com ele ou sequer andava perto pra conseguir qualquer coisa.

Sempre foi assim.

Eu e ele sempre tivemos vidas muito diferentes. Na escola ele sempre andava com mais um monte de garotos —— e uma centenas de meninas atrás —— e eu tinha uma única amiga chamada Anna, que é minha amiga até hoje inclusive. Não era muito diferente fora da escola. Acho que ele meio que nasceu pra ser observado, pra receber atenção e os caralhos... Eu não. Não gosto de câmeras, não gosto de pessoas me apontando e falando qualquer coisa sobre mim.

E... Ele sempre teve isso de não conseguir se aguentar e falar mais do que devia, de explodir e reclamar. Jeitinho Gabriel Barbosa de ser. Eu sempre preferi ficar quietinha.

Solto uma risada sozinha, me perdendo nos pensamentos.

Acho doido o fato de não conseguir ficar quietinha com ele. Talvez o jeitinho Gabriel Barbosa de ser seja transmissível.

Encosto meu corpo na pilastra da escada e assisto. Quietinha por enquanto.

O lábio inferior dele está preso entre os dentes enquanto avança na direção do cara que provavelmente é o professor. O corpo todo tatuado brilha por conta do suor.

𝐌𝐀𝐑𝐈𝐀 𝐆𝐔𝐄𝐈𝐗𝐀 • 𝐆𝐀𝐁𝐈𝐆𝐎𝐋Onde histórias criam vida. Descubra agora