𝟶𝟹𝟾

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𝙼𝙴𝙻
𝟶𝟽 𝚍𝚎 𝚊𝚐𝚘𝚜𝚝𝚘
𝚁𝚒𝚘 𝚍𝚎 𝙹𝚊𝚗𝚎𝚒𝚛𝚘 / 𝙱𝚛𝚊𝚜𝚒𝚕

—Oi tiaaaaaa! — Joguei meus braços ao redor da Tia Rose, que soltou uma gargalhada quando apertei mais, mais e mais.

—Minha menina! Você não pode mais sair dessa casa. Hum-hum — Ela balançou a cabeça — Isso aqui ficou um buraco sem você, Memel. Não é, Seu Gabriel? — Se afastou de mim e encarou o Gabriel, largado na cadeira, virado pra gente, as duas pernas abertas e o corpo todo relaxado.

Ele ergueu uma sobrancelha e ameaçou soltar um daqueles sorrisinhos sacanas que esconde no canto da boca.

—Que tristeza essa casa sem você, minha filha. Não tinha ninguém pra brigar com o Seu Gabriel e o Pitoquinho ficou tão tristonho. Tadinho! — Tia Rose continuou, dessa vez apertando minhas bochechas. Soltei uma risada.

—Se a senhora me disser que o Pitoquinho tava triste porque o Gabriel não tava cuidando direito dele... A briga vai começar logo cedo, hein? Vou chamar a Luísa Mel.

—Segui todas as regras. Pode falar, Rose. Dei comida pro rato, limpei a gaiola do rato, deixei o rato sair pra MINHA varanda. Se o rato tava triste não foi porque não cuidei direito não — Gabriel balançou a cabeça negativamente — Pode ser saudade. Eu só não sei se rato tem esse tipo de coisa — Faz uma careta.

—Tem como parar de chamar o Pitoco assim? Até parece que você odiou. E todas as fotos dele que me mandou? Você já é tipo o pai — Gargalhei quando ele se engasgou com o cuscuz que estava comendo.

—Pai de rato? Tá maluca, linda? — Revirou os olhos.

Hum. Meu rosto esquenta.

O jeito que ele fala o “linda” agora parece natural, como se nem tivesse percebido ou como se já estivesse virando rotina. Isso somando ao fato daquele papo de "você é minha e eu sou seu"... Isso não tá me cheirando bem.

Sou formada na arte da cafajestagem, afinal eu cresci vendo ele mesmo colocando tudo em prática. E ah... O Yuri também. Aquele ali era outro que meu Deus do céu.

—Como foi a volta pra casa ontem, Melzinha? A viagem foi tranquila? O Seu Gabriel cuidou de trazer você direitinho de volta pra casa? — Tia Rose me serve um pouco de café e como ela já é muito além do que só uma funcionária, puxa um cadeira e senta com a gente na mesa.

Eu tento evitar olhar para o Gabriel, mas sei que ele tá me olhando. Simplesmente sei.

—Sabia que a Mel fica toda soltinha em Santos, Rose? — Ele chama minha atenção de vez — Balada, festinha... Beijo na boca de outro...

—Eitaaaaaa, minha menina aproveitou demais hein? — Rose riu — Conta tudo pra gente, Mel.

Deus me defenda!

𝐌𝐀𝐑𝐈𝐀 𝐆𝐔𝐄𝐈𝐗𝐀 • 𝐆𝐀𝐁𝐈𝐆𝐎𝐋Onde histórias criam vida. Descubra agora