𝟶𝟸𝟼

24.1K 1.8K 1.3K
                                    

𝙼𝙴𝙻𝟶𝟾 𝚍𝚎 𝚓𝚞𝚕𝚑𝚘𝚁𝚒𝚘 𝚍𝚎 𝙹𝚊𝚗𝚎𝚒𝚛𝚘/𝙱𝚛𝚊𝚜𝚒𝚕

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

𝙼𝙴𝙻
𝟶𝟾 𝚍𝚎 𝚓𝚞𝚕𝚑𝚘
𝚁𝚒𝚘 𝚍𝚎 𝙹𝚊𝚗𝚎𝚒𝚛𝚘/𝙱𝚛𝚊𝚜𝚒𝚕

Não achei minha calcinha favorita na gaveta hoje.

E agora não consigo parar de pensar na chance de ter perdido ela no meio de um episódio de sonambulismo. Posso sei lá, ter aberto a gaveta, pegado alguma coisa e jogado na lixeira? Posso. Não lembro de nada, aí é foda.

Já está todo mundo na cozinha quando desço as escadas, minha cabeça tá doendo e eu quero tanto aquela calcinha de volta que sigo direto pra Tia Rose na pia.

—Tia, você viu aquela calcinha que falei da outra vez? — Pergunto pra ela baixinho.

Eu sei que o Gabriel tá lá da mesa olhando pra mim. Esse... Safado! Qual é, o cara vazou da minha cama e eu nem vi.

Não que eu estivesse esperando acordar e ganhar beijo de bom dia e tudo mais, que isso... Só achei que ele não ia fugir.

—Uhum, eu vi sim — Tia Rose balança a cabeça positivamente algumas vezes — Fui guardar as roupas do Gabriel e encontrei sua calcinha no meio das cuecas dele. Mais de uma, inclusive — Me olha de lado e solta um sorrisinho.

MEU DEUSSSSSSS.

Coloquei o pé esquerdo no chão primeiro, né? Só pode ter sido.

—Eita. Como foi parar lá né, Tia? — Limpei a garganta e quase sai correndo quando ela riu.

Sério mesmo, Mel.

Que tal pedir pra tia Zilda te benzer da próxima vez que ela aparecer? Isso só pode ser uma carga muito pesada, cara. Não tem condição.

Tenho certeza que ainda tô vermelha quando sento na mesa. A Dhiovanna fica do meu lado, o Fabinho na minha frente e o Gabriel laaaa na outra ponta, ainda olhando pra mim.

Coloco meu café em silêncio e começo a comer em silêncio também, já eles parecem animados e conversam bastante sobre os próximos compromissos.

—Tá quietinha, Mel. Um gato comeu sua língua? — O Fabinho pergunta, me mostrando um sorriso. Agora tudo que ele fala pra mim eu levo como uma provocação, tem nem como.

—Não…Eu só não acordei direito ainda. Fui dormir muito tarde — Mordi uma torrada tentando não surtar.

A tia Rose acabou de passar balançando as sobrancelhas pra mim.

Porque já não bastava o Fabinho ter pegado a gente no sofá aquele dia, pra completar ela tinha mesmo que ver minhas calcinhas lá.

𝐌𝐀𝐑𝐈𝐀 𝐆𝐔𝐄𝐈𝐗𝐀 • 𝐆𝐀𝐁𝐈𝐆𝐎𝐋Onde histórias criam vida. Descubra agora