Mel conhece os Barbosa desde sempre, então se qualquer pessoa perguntar com quantos anos o tal do Gabigol fez o primeiro gol com a perna canhota ela vai saber responder. Isso significa que os dois são amigos? Não, mas é o preço que ela paga por ser...
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𝙼𝙴𝙻 𝟶𝟿 𝚍𝚎 𝚓𝚞𝚕𝚑𝚘 𝚁𝚒𝚘 𝚍𝚎 𝙹𝚊𝚗𝚎𝚒𝚛𝚘/𝙱𝚛𝚊𝚜𝚒𝚕
Acordei e meu primeiro pensamento foi: como minha chave foi parar lá nos gabigolzinhos?
Os Gabigolzinhos ficam no cantinho do closet, lá no fundo do quarto. Não fazia sentido.
Abri meus olhos, percebendo que eu continuava no quarto dele, ainda está escuro e não tem nenhuma brecha de luz escapulindo da cortina o que significa que ou ainda é madrugada ou o sol simplesmente não saiu.
—Me diz que você não tá sonâmbula — A voz do Gabriel me atingiu. A boca dele tá grudada no meu pescoço e o som da voz sai emanando um monte de arrepios pelo meu corpo.
—Acho que não — Respondi baixinho — Agora você não vai mais precisar se preocupar com isso.
—Porque você vai se trancar no quarto? — Ele esfrega a boca de um canto ao outro do meu pescoço, sabendo muito bem o que isso faz comigo.
—Porque eu vou me trancar no quarto — Repito.
—Isso não é perigoso? Acontecer alguma coisa com você lá dentro e ninguém ver? — Quer saber.
—Acho que é mais perigoso deixar a porta aberta. Não dá pra garantir que vou vir pra cá toda vez ou que você ou o Fabinho vão acordar e conseguir evitar alguma coisa, sabe? — Prendo a respiração quando ele afasta o braço da minha cintura e começa a descer a mão até o meu quadril. Escuto-o soltar uma risada.
—Outro dia você chegou aqui e eu tava... Ahn... Sem roupa — Limpou a garganta, enfiando a mão dentro do meu short — A Madu tava aqui também.
—Que?! — Quase gritei, arrancando a mão dele de dentro da minha roupa.
—Nem se faz de sonsa que eu sei que você gostou de atrapalhar. Ainda passou o resto da noite de conchinha comigo, saiu grandona nessa — Ele riu e me cutucou.
Meu rosto queima. A sorte é que estamos no escuro e não conseguimos nos enxergar.
—Fala sério Gabriel, se a menina já me odiava pelo que rolou no camarote imagina agora — Murmurei, precisando passar a mão no pescoço algumas vezes pra tentar espantar a sensação de que vou explodir a qualquer momento.
—Porra — Ele solta uma risadinha, a mão se enfiando debaixo do meu moletom e apertando minha cintura — Imagina se ela descobre que aquilo aconteceu porque eu tava pensando em você, hein?
