5.

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Pov Maraisa

- Então você tentou beijar ela? - Naiara pergunta me olhando - E ela negou?

- Ela deve me odiar - Falo nervosa - Eu nunca mais vou conseguir olhar na cara dela.

- Você não falou com ela hoje de manhã?

- Não, quando eu acordei e vi ela do meu lado, eu só me desesperei e saí correndo.

- Meu Deus...

- A gente estava ficando bem uma com a outra - Me sento na minha cama - Eu estraguei tudo.

- Você se lembra de tudo da noite passada?

- Não... só que eu tentei beijar ela e depois vomitei no seu pé.

- Que romântica - Ela começa a rir.

- Naiara, não tem graça - Grito com ela - Ela estava começando a deixar eu entrar na sua vida, estávamos criando um laço, porque eu fiz isso?

- Porque você gosta dela.

- O- o que? - Gaguejo nervosa - Não, claro que não. Marília nunca teria nada comigo, somos apenas amigas.

- Mas você teria alguma coisa com ela?

Abro a boca para responder, mas não saí nada. Fico brava por ela conseguir me deixar sem palavras. Me deito ao seu lado e começo a escutar sua risada.

- Você está apaixonada...

- Não estou.

- Qual o problema de admitir?

- Para você? Nenhum - Aponto para ela - Mas para Marília, sim.

- Porque?

- Porque ela nunca vai sentir a mesma coisa que eu - Respondo como se fosse óbvio - Mas eu não estou apaixonada, não por ela.

- Então não surta - Naiara fala olhando para o lado de fora da casa - Marilia está vindo para cá.

- O que?

Saio correndo para a minha janela e vejo Marília andando em direção a porta da minha casa. Ela está tão linda, com as suas pernas bem destacadas pela calça jeans e a sua blusa preta. Escuto a campainha tocando e me desespero, não estava pronta para encarar ela novamente.

- Oi, Marília - Escuto a voz da minha mãe no andar de baixo - Veio ver a Maiara?

- Eu vim ver a Mara - Escuto a sua voz.

- Puta que pariu - Falo nervosa - Naiara entra no banheiro.

- O que?

- Eu não quero você aqui, vai agora.

Fecho a porta do banheiro com força e consigo escutar seus passos até o meu quarto, me sentia tensa, cada vez que aumentava o ritmo dos seus pés. Escuto ela batendo na porta e travo.

- Mara... - Ela abre a porta devagar.

- Oi...

Ela está com uma sacola na mão, não consigo deixar meu sorriso se esconder quando vejo ela.

- Você deixou as suas roupas lá em casa - Ela me entrega a sacola - Eu não te vi quando acordei, então achei melhor trazer para você.

- Obrigada, Lila - Sorrio para ela - Me desculpa por ontem.

- Por qual parte?

Por tentar te beijar, pedir para você dar banho em mim, pedir beijo de boa noite e quase chorar para ter o seu corpo com o meu pela madrugada.

Revenge (Malila)Onde histórias criam vida. Descubra agora