Revenge (Malila)

53.

Pov Marília

- Amor, eu precis-

- Não, você precisa me dar atenção - Maraisa fala passando as pernas na minha cintura - Não quero sair hoje.

- Precisamos ir...

Hoje vai ter uma festa na casa da Lauana, eu tô animada, porque geralmente as festas da minha amiga são enormes, mas Maraisa não parece querer sair dos meus braços.

- Eu não vou, Lila - Ela resmunga e deita a cabeça no meu ombro - Podemos ficar aqui... nós duas, aproveitando como a gente sempre faz...

- Você vai sim - Respondo sentindo seus beijos no meu pescoço - E já estamos atrasadas.

- Eu não vou.

Maraisa é ciumenta, conheço esse seu jeito, por isso vou usar isso contra ela.

- Tudo bem, amor - Concordo com a cabeça - Mas eu vou, vai ter alguns amigos do colégio lá, não se preocupa.

Maraisa para de beijar o meu pescoço e se afasta para olhar nós meus olhos.

- Que amigos, Marília? - Ela pergunta segurando meu rosto.

Apenas dou de ombros e tiro ela do meu colo, deixando ela na cama e indo em direção ao banheiro.

- Ah alguns amigos, o Henrique vai estar - Cito um dos meus ficantes da época - Acho que o Guilherme também, enfim algumas pessoas...

Maraisa fica brava e cruza os braços abaixo do seio, quebrando nosso contato visual.

- Não precisa ir se não quiser - Falo cínica - Mas eu queria muito você lá comigo.

Ela revira os olhos e deita na cama, me ignorando totalmente. Começo a rir porque sei que Maraisa vai ir comigo, seu jeito ciumento vai impossilitar a minha noiva de ficar apenas em casa.

Entro no chuveiro e vou tomar banho, rindo da minha mulher. Já estava de noite, bem tarde, e eu não faço ideia de que horas Iríamos voltar, por isso pedi, para Maiara cuidar do nosso filho essa noite, nós duas precisamos de um tempo só para nós duas também, é necessário.

Maraisa começou os preparativos para o casamento, ela quer um evento mais reservado, apenas para família e amigos, já eu queria chamar todo o Brasil para essa cerimônia, então estamos tentando equilibrar isso.

Demoro bastante no banho, e decido me arrumar ali mesmo, fazer a minha maquiagem, meu cabelo e vestir as minhas joias, sem conseguir deixar de sorrir, sempre quando vejo nossa aliança, tudo ainda parece um sonho.

Quando saio do chuveiro, Maraisa já está pronta, eu tinha certeza que ela iria ir comigo. Minha mulher está vestindo um vestido preto, colado no seu corpo, onde é amarrado nas laterais, mostrando a sua pele branca e o desenho do seu corpo, além do seu salto alto, que deixa ela da minha altura. Puta que pariu, agora eu que não quero sair mais.

- Vamos, amor - Tento chamar a sua atenção.

Maraisa quando me vê, sorri largo, passando seus olhos por todo o meu corpo.

- Você está gostosa - Ela fala com a língua entre os dentes - Muito gostosa.

- Não é assim que se fala com uma mulher de família, sabia? - Pergunto me aproximando - Agora eu sou uma outra mulher.

- Sim, claro, desculpa... - Ela finge arrependimento - Acho que o mais correto é... "posso arrancar a sua roupa? Já que eu sou a sua noiva".

- Está errado - Começo a rir do seu jeito de falar - Mas você pode tirar a minha roupa a hora que você quiser.