18.

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Pov Marília

Viajar com meus pais é buscar paciência o tempo inteiro para não discutir, porque parece que eles sabem exatamente como me deixar irritada. Depois de 4 dias de viajem, estamos voltando, para nossa casa, me fazendo agradecer mentalmente para qualquer entidade.

Não falei com minha namorada até então, não me sinto bem para falar com ela agora, tenho quase certeza que não é assim que os relacionamentos funcionam, mas é assim que sobrevivemos.

Quando chegamos, pego as minhas mala no carro e levo para o meu quarto. O dia foi cansativo, precisava dormir um pouco, pelo menos amanhã é domingo e eu não teria que acordar cedo. Entro no meu quarto devagar e vejo as minhas coisas fora do lugar, um buquê de flores no centro da minha cama e uma caixinha no meio. Quando vou me aproximar, duas mãos passam pela minha cintura e a minha única reação é tentar gritar, mas duas mãos vão para a minha boca.

- Sou eu, amor - Maraisa fala me olhando - Está tudo bem, não grita.

Ela tira a mão da minha boca devagar e abaixa lentamente, levantando para a minha cintura e puxando o meu corpo para perto.

- Você invadiu a minha casa? - Falo nervosa.

- Claro que não, eu só entrei... sem autorização... e sem ninguém saber - Ela fala devagar - É não soou tão bem...

- O que você está fazendo aqui? - Tiro suas mãos da minha cintura - Se meus pais te pegam aqui, eles me matam.

- Eu vim ver você... - Ela fala me olhando.

- Como você entrou no meu quarto? Maraisa, como você passou pela porta da frente? Pera, como você sabia que íamos voltar hoje?

- Luísa estava me ajudando...

Respiro irritada e penso que agora faz sentido a minha irmã está tão estranha.

- Eu fiz uma surpresa para você, Lila - Ela volta a me abraçar.

- É melhor você ir embora, meus pais não querem você aqui - Tento afastá-la - E eu não quero levar bronca.

- Mas eu comprei um buquê de flores para você e... um pa-

- Por que o buquê?

- Porque eu queria te fazer uma surpresa...

Eu ainda estou brava com ela, por ter me tratado mal todos esses dias, mas se eu fazer a mesma coisa, só vamos estender essa guerra. Tento desarmar um pouco e fico olhando para ela, que está com um sorriso fraco no rosto e as mãos na minha cintura. Ela se afasta para pegar a caixinha em mãos e volta para os meus braços e abre na minha frente, mostrando o par de alianças, exatamente como eu tinha mandado fazer. Ela sorri quando me vê encantada com as joias e passa as mãos pelo meu rosto.

- E eu comprei as nossas alianças, amor - Maraisa fala me olhando - Porque eu quero deixar claro que você é minha.

- Não precisa, Mara...

- Você sempre diz que eu sou diferente, por ser verdadeira com os meus sentimentos, mas a coisa mais verdadeira em mim, Lila... é o meu amor por você.

Ela pega a pequena aliança e coloca no meu dedo, beijando a minha mão logo em seguida.

- Eu nunca me apaixonei até porque eu nunca quis isso. eu sempre fui centrada e focada... O que é bom, até certo ponto - Ela dá de ombros - Mas quando você chegou, eu comecei a viver, porque eu me senti viva, depois de muito tempo.

- Mara...

- E se eu pudesse escolher qualquer pessoa do mundo, eu escolheria novamente você, todos os dias, horas e minutos. Porque eu te amo, Lila...

Revenge (Malila)Onde histórias criam vida. Descubra agora