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Pov Marília

- Mamãe... - Enzo fala me olhando bravo, segurando as minhas mãos.

- Hoje é um dia importante para a sua mamãe - Falo sentando ele - Não custa ser mais bem humorado, custa?

- Para de discutir com o nosso filho - Maraisa fala beijando a minha bocheca - Ele é mal humorado igual a você.

- Eu sou bem humorada - Dou de ombros - As vezes.

- Você já arrumou seu vestido? - Ela pergunta me olhando - Lila, deixa que eu cuido das crianças, sua mala nem está pronta.

- Eu consigo fazer mais de uma coisa, Maraisa.

- Você arrumou a sua mala?

- Não...

- Eu sei que não - Ela pega Enzo do trocador - Arruma a sua mala, eu cuido de tudo por aqui.

- Mas você vai também, eu não quero deixar tudo para você.

- Eu já arrumei a minha mala - Maraisa sela nossos lábios - E das crianças que vão no dia seguinte, não se preocupa.

- Deixa eu te ajudar...

- Lila, só... vai fazer as suas malas.

- Você está brava comigo... não está?

Maraisa fica brava comigo quando eu não consigo acompanhar o seu ritmo, mesmo sendo impossível, já que ela faz trezentas coisas ao mesmo tempo.

- Não estou, amor - Ela fala devagar - Vai fazer a sua mala, por favor.

- Desculpa...

Vou para o quarto cabisbaixa e começo a montar a minha mala. Hoje é o dia de uma grande premiação em outro país, Maraisa vai comigo e as crianças vão amanhã, com Maiara, Gustavo e Luísa.

Quando estou terminando de guardar as minhas coisas, vejo uma coisa que eu iria usar após o casamento, uma lingerie preta, totalmente tranparente nós seios e que desce até a calcinha. Nós últimos dias eu tentei colocar os pensamentos no lugar e decidi tentar novamente, sei que Maraisa precisa disso e eu quero fazer um momento importante para mim e também para nós duas.

Escondo na minha mala e fecho ela, levando para a sala, a hora do nosso voo está chegando. Vou para o quarto dos nossos filhos e todos já estão dormindo, já passou do horário para eles. Deixo um beijo na cabeça de cada um e puxo Maraisa para fora do quarto.

- Você ainda está brava comigo? - Pergunto segurando seu rosto - Não fica brava comigo.

- Eu não estou brava, Lila - Ela fala me olhando - Mas eu já tinha pedido para você fazer as malas.

- Mas eu me distrai com a sua beleza.

- Depois eu que flerto toda hora.

- Me desculpa, dá próxima vez eu arrumo antes mesmo de você falar.

- Vai fazer mesmo?

- Vou, amor...

Ela sorri e sela nossos lábios, antes de pegar as nossas malas. Nós despedimos de Luísa que está na sala, mas só depois de longos vinte minutos da minha esposa passando todas as instruções para cuidar das crianças, chorando no final. Maraisa é muito apegada neles e só depois saímos de casa.

Pegamos qualquer taxi para ir até o aeroporto, sei que ela está distante por justamente ficar longe das crianças, mas eu quero fazer essa noite especial, nem pela premiação, mas por nós duas.

Quando pegamos o voo, consigo ouvir seu choro baixinho, ela olha para a janela e deixa as lágrimas caírem.

- Amor, é menos de vinte e quatro horas - Falo limpando as lágrimas da minha esposa - Não chora.

Revenge (Malila)Onde histórias criam vida. Descubra agora